BMW, Toyota e Mercedes-Benz foram as marcas com maior número de recalls no Brasil nos três primeiros meses deste ano. No total, houve 34 campanhas feitas por 13 marcas e envolvendo 66 modelos diferentes entre janeiro e março deste ano. É o que aponta um levantamento feito pelo aplicativo Papa Recall, que considera apenas veículos de passeio e comerciais leves. A BMW contesta os dados (leia mais abaixo).
O estudo aponta que 32% das marcas presentes no Brasil e 8% da frota foram alvo de recall nos três primeiros meses de 2019. Entre os carros cadastrados no aplicativo, 44% foram alvo de chamamentos das fábricas.
A lista é liderada pela BMW, com oito recalls de janeiro a março. Depois, vem a Toyota, com cinco, seguida pela Mercedes-Benz, com quatro convocações.
A BMW discorda dos números informados pelo Papa Recall. De acordo com um porta-voz da marca, houve cinco chamados envolvendo carros da empresa no Brasil entre os dia 1 de janeiro e 30 de março de 2019.
O Jornal do Carro mantém um histórico atualizado dos recalls feitos no Brasil. Além do modelo envolvido, detalhamos o tipo de risco, bem como o número de unidades afetadas e os canais para o leitor entrar em contato com a marca.
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A5 teve o maior número de recalls
De janeiro a março, houve no País 177 “recalls únicos”, como são chamadas as campanhas que agrupam modelos de anos diferentes. Nesse caso, no topo da lista está a Audi.
Os responsáveis pela primeira posição foram os sedãs A5 e A4, com 12 e dez recalls únicos, respectivamente. O terceiro modelo com maior número de recalls únicos (sete) no País é a picape Volkswagen Saveiro.
Em janeiro, a VW anunciou a recompra de 194 carros que foram vendidos com peças pré-série. Há desde modelos importados, como Touareg, CC, Passat (sedã e Variant) e Tiguan, aos nacionais Golf, Up!, Fox, CrossFox, Saveiro, Polo (hatch e sedã), Gol, Parati e Voyage.
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O que é recall
Previsto em lei, o recall é uma medida adotada pelas fabricantes para verificar e corrigir defeitos que podem comprometer a segurança dos ocupantes do veículo. De acordo com informações do Procon, os proprietários devem ser avisados por meio de anúncios em veículos de comunicação, com detalhes como o modelo, ano de fabricação e número de chassis dos veículos envolvidos. Algumas marcas também enviam cartas aos clientes. Os serviços realizados nos carros são gratuitos.
Depois de ser avisado sobre o recall, é dever do dono do carro agendar a revisão. Feito o reparo, o cliente tem direito a um comprovante garantindo que averiguação e, eventualmente, troca da peça defeituosa, foi realizada. Isso poderá ser útil no momento da revenda do veículo.
Também é possível consultar se um carro está envolvido em recall por meio do site do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). A consulta é gratuita e feita a partir dos números do chassi ou do Registro Nacional de Veículos Automores (Renavam), impresso na parte superior do documento de propriedade.
Antes de comprar um usado é recomendável que o interessado cheque se constam campanhas de recall para o veículo. Em caso afirmativo, o comprador pode exigir do vendedor o comprovante que ateste que serviço foi realizado.
O Papa Recall reúne informações sobre mais de 600 campanhas realizadas no Brasil nos últimos 14 anos. No total, houve 2.836 recalls únicos, envolvendo 40 marcas e 796 modelos diferentes.
Atualizada em 17/5/2019 às 17h46