Os motivos pelos quais um carro não ganha uma segunda geração podem ser variados. Alguns modelos deixaram de fazer sentido ou foram lançados apenas para preencher uma lacuna temporária. Também há casos onde a baixa aceitação forçou uma mudança de planos mais radical das montadoras, deixando de lado um projeto não muito bem sucedido.
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Um caso marcante na indústria é o da dupla Logus e Pointer, vendidos pela Volkswagen em meados dos anos 1990. O Logus era um sedã de duas portas e o Pointer, um hatch médio com ares esportivos. Ambos nasceram da Autolatina, a união entre Ford e Volkswagen, e usavam plataforma do Escort, com motores transversais.
Os dois tiveram trajetórias curtas por aqui. O Logus foi produzido entre 1993 e 1997 e o Pointer, apenas entre 1994 e 1996. Até havia versões interessantes, como o Logus Wolfsburg Edition e o Pointer GTi, com motores 2.0, mas nenhuma delas chegou a decolar. A dupla saiu de cena sem deixar descendentes.
O ‘caso Agile’
Já a Chevrolet precisava dar alguma modernidade à sua linha no fim da década de 2000. Com modelos como Classic, Corsa, Zafira e Astra na gama, todos com vários anos de mercado, lançou o Agile.
O modelo até vendeu bem, mas o aproveitamento da plataforma da geração antiga do Corsa, de 1994, deixava suas marcas no carro. O para-brisa era próximo demais de motorista e passageiro, e a ergonomia não era das melhores. O Agile até passou por uma reestilização, mas a chegada do Onix, em 2012, selou seu destino. O modelo saiu de cena em 2014.
Quase esportivos
Fora do Brasil também há projetos que encerraram seus ciclos sem ganhar substitutos. O Peugeot RCZ, produzido na Áustria pela Magna Steyr, marcou época com um design esportivo raro na marca francesa. O belo cupê jamais ganhou uma versão conversível e chegou a ter um motor 1.6 turbo de 270 cv sob o capô, mas a economia de escala fez a montadora encerrar sua produção em 2016.
De volta à Volkswagen, a marca lançou o belo Eos em 2006. O modelo era um conversível de quatro lugares. A marca estava sem um modelo desse tipo desde 2002, após o fim do Golf Cabrio.
A versão sem teto do Golf era a mesma desde 1995, ainda da terceira geração do modelo. Com isso, a VW investiu num conversível com um sofisticado teto rígido retrátil baseado na quinta geração do Golf, atual na época.
O Eos chegou a ser vendido no Brasil em 2008, ficando apenas um ano em linha por aqui. A produção, no entanto, continuou até 2015 na fábrica da VW em Portugal. O Eos chegou a conviver com um novo Golf Cabrio, que também saiu de linha em 2016. Atualmente, a Volkswagen não tem nenhum conversível em seu portfólio.