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Como eram os carros de antigamente
História

Como eram os carros de antigamente

Conceitos de luxo, conforto e segurança eram bem diferentes antigamente. Carros prezavam mais pelo luxo, mas tecnologia ainda deixava a desejar

Redação

13 de jun, 2019 · 5 minutos de leitura.

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Galaxie tinha frente elevada e carroceria cheia de cromados
Crédito:Foto: Sergio Castro/Estadão
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Talvez nem todos tenhamos vivido os tempos onde os carros tinham bancos de sofá e ter a alavanca de câmbio no assoalho era coisa de carro esportivo. Antigamente, os conceitos de conforto, conveniência e até segurança eram diferentes dos praticados hoje, o que permitia certas extravagâncias em vários sentidos.

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Nos anos 1950, era comum que o banco da frente também fosse inteiriço, capaz de levar três passageiros com conforto. Itens como alavanca de câmbio e freio de estacionamento ficavam no painel e permitiam o conforto extra.

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Sergio Castro/Estadão

No entanto, embora o câmbio fosse na direção, posição que até tem sido retomada em modelos modernos, era comum que na época a transmissão ainda fosse manual. Isso pedia constantes movimentações do motorista em direção ao painel para operar o câmbio.

O “trabalho” só era amenizado por causa das poucas marchas do câmbio. Era comum que as transmissões tivessem apenas três longas marchas, que tentavam aproveitar o torque dos motores de capacidade volumétrica razoavelmente grande usados na época.


Os propulsores, aliás, eram bem menos eficientes do que motores atuais. Os primeiros Chevrolet Opala, por exemplo tinham motores de 2,5 litros com apenas 80 cv. O torque até era bom, com 18mkgf, mas dizer que era um carro rápido seria um exagero. Os seis cilindros até eram mais fortes, com 125 cv extraídos de 3,8 litros nas primeiras safras, mas também longe de serem números exorbitantes.

Por fora, o visual clássico dos anos 1960 incluía itens como para-choques cromados de metal, faróis com lentes de vidro e muitos frisos, também cromados. As proporções também eram ligeiramente diferentes. Eram comuns capôs longos e frentes altas, imponentes.

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Epitácio Pessoa/Estadão

Essa configuração prezava pela beleza, mas a segurança de pedestres era bem comprometida. Partes metálicas poderiam ferir gravemente em caso de atropelamentos e as chapas rígidas e grossas não ajudavam a amortecer nenhum impacto.

Batidas, aliás, eram um perigo nos carros de antigamente. Era comum antigamente o conceito de que “carro bom não amassa”, embora isso significasse transferir as forças do impacto para os ocupantes. Numa era antes das zonas de deformação programada, o carro poderia até parecer pouco afetado por uma colisão. No entanto, os ocupantes geralmente sofriam muito mais.

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Epitácio Pessoa/Estadão

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Luxo atual

No entanto, apesar da idade, muitos carros, principalmente nos Estados Unidos, já tinham amenidades comuns a modelos atuais. Já nos anos 50 e 60, os americanos já tinham ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos, bancos elétricos e até aquecidos. Um item antigo curioso eram alguns sistemas de travas automáticas a vácuo. Em vez de um motor elétrico, um pequeno gerador de vácuo literalmente “puxava” a trava e a fechava seguindo o comando do motorista.

Por aqui, vivemos a era dos quebra-ventos, bem antes do ar-condicionado começar a se popularizar. Era possível abrir apenas uma pequena seção dos vidros dianteiros para que ar entrasse na cabine. Há quem defenda a volta deles até hoje.


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Ford/Divulgação
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.