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Picape Mercedes Classe X vai sair de linha
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Picape Mercedes Classe X vai sair de linha

Fontes ouvidas pelo Automotive News Europe afirmaram que a Daimler, dona da Mercedes, vai tirar a Classe X de linha para reduzir custos

Diego Ortiz

16 de jul, 2019 · 3 minutos de leitura.

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classe x
Mercedes Classe X
Crédito:Mercedes/Divulgação

A picape Mercedes Classe X vai sair de linha no ano que vem. Pelo menos foi isso que afirmou o site da Automotive News Europe, que ouviu fontes da Daimler, dona da marca alemã. A intenção disso é reduzir custos, já que a companhia recebeu o quarto alerta de redução de lucros em apenas 13 meses.

Isso também explica o cancelamento da produção do carro na Argentina, que foi informada no fim de abril deste ano. O modelo seria produzido no país vizinho e viria para o Brasil também. A região, inclusive, era apontada como grande foco de vendas, já que Brasil e Argentina, ao lado da África do Sul, são fortes consumidores de picape.

A Classe X foi lançada em 2017 e é produzida na Espanha, nos arredores de Barcelona, junto com a Nissan Frontier. Aliás, herda da picape japonesa sua plataforma e muitos outros componentes. Esta tentativa da Mercedes de baratear o modelo pode ter sido seu principal erro estratégico.

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Valor da Classe X é muito alto

Com o custo de 37.294 euros na Alemanha, a picape era cara demais perto de modelos similares, como a Volkswagen Amarok e a Ford Ranger. A estrela que denota luxo na ponta do capô não se faz valer na qualidade aparente do modelo. Afinal, ela é uma Frontier em sua essência – com virtudes, mas sem sofisticação. Com isso, as vendas foram um fiasco, com apenas 16.700 unidades emplacadas no ano passado.

Os Estados Unidos, mercado ávido por picapes, poderia ter salvado a vida do modelo. Mas desde que ele foi mostrado, não teve boa recepção por lá. Pesquisas apontaram que o modelo era caro demais para o que oferecia. E competidor com caçamba é o que não falta nos EUA.

O Jornal do Carro até chegou a fazer uma avaliação do modelo, quando os planos dele chegar na América Latina estavam a todo vapor. Veja!


Ouvida, a Mercedes-Benz do Brasil comunicou que a “Classe X continua no portfólio da marca”.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”