Primeira Classe

Como é viajar de carro de Madri a Toledo

Da capital da Espanha a Toledo, são apenas 70 km de rodovia boa, rápida e sem pedágios

Rafaela Borges

02 de ago, 2019 · 8 minutos de leitura.

C 63 AMG Madri Toledo" >
AMG C 63 Coupé, o carro da viagem
Crédito: Rafaela Borges

A bela e medieval Toledo é um dos passeios interessantes para quem visita Madri e quer fazer imersão na história da arquitetura, cultura e até religião. Dá para ir de trem. E também dá para aproveitar a oportunidade para fazer uma viagem de carro.

De Madri a Toledo, são 70 km. A estrada que liga a capital espanhola à cidade medieval é a A42, fácil de acessar por meio das diversas rodovias que circundam a cidade mais importante da Espanha.

O recomendável, no entanto, é usar navegador, para evitar perder tempo desvendando o caminho. A maioria dos carros alugados já vem com GPS. Se o seu não tiver, é possível solicitar na própria locadora (há taxas).

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  • Confira o vídeo da road trip de Madri a Toledo

 

 

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Acelerei o belo cupê do Mercedes e também o CLS 53 em um dos roteiros mais tradicionais da Espanha. E conto tudo para vocês #madri #toledo #mercedes #amg #roadtrip #viagem

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A melhor opção, em minha opinião, é usar o GPS do smartphone – para ter internet, basta comprar chip internacional ou habilitar os cada vez mais vantajosos planos de roaming na operadora.

Eu fui de Mercedes-AMG C 63 Coupé S, uma bela máquina com motor V8 de som alucinante. Aproveitei para testar o carro no trajeto, e produzir reportagem para o Jornal do Carro (leia aqui).


O trajeto de Madri a Toledo

Saindo de Madri, a velocidade é de 90 km/h nos primeiros 25 km. Depois, aumenta para 120 km/h.

A A42 é uma rodovia de pista dupla e trânsito rápido. Há curvas, mas não acentuadas. São de rápida velocidade.

 


Vídeo da semana: Avaliação do novo CLA 45 AMG na pista

 


Não há pedágios no trajeto. Porém, no trecho de ida, uma emergência que exija a parada do carro é um problema. Quase não há  posto de serviço no caminho. O único fica já quase na entrada de Toledo.

No trecho de volta, há mais opções para parar. O acostamento, por sua vez, é muito estreito, tornando a parada de emergência perigosa.

De todo modo, a viagem é tão rápida que a necessidade de parar só ocorrerá mesmo em caso de emergência. Leva entre 40 e 45 minutos.


De carro em Toledo

A melhor opção para quem chega a Toledo de carro é usar um dos estacionamentos públicos fora da cidade murada. Paramos no mais próximo.

Para quem vem pela rodovia, basta virar à direita e rodar cerca de 100 metros. O estacionamento aparecerá rapidamente, à esquerda. Próximo à entrada principal da cidade murada, ele é gratuito a partir das 15h e, aos domingos, durante todo o dia.

 


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Logo à frente, do lado direito, há um outro estacionamento – nesse caso, pago.


A subida pela cidade é íngreme, mas válida. No caminho, você encontrará lojas de artigos típicos da Espanha, como castanholas. Outras são especializadas em armaduras e facas, referências ao passado bélico da cidade murada.

Mirante em Toledo
Vista do bairro judeu a partir de mirante (Foto: Rafaela Borges)

 


No caminho até o ponto mais alto, há ainda mirantes com vistas espetaculares. Mas, para quem prefere não subir andando, dá para parar o carro até no ponto mais alto da cidade murada, no estacionamento logo à frente do Museu do Exército.

Destaques de Toledo

A história de Toledo começa na Idade Antiga. Por isso, sua arquitetura tem muitos resquícios dessa época, mas é predominantemente medieval.

A Espanha foi ocupada na Idade Média por povos de origem árabe – como os mouros. Na Toledo antiga, a herança religiosa desses povos podem ser vistas. E também a dos judeus, que têm até um bairro, fora da cidade murada – pode ser observado por meio de alguns mirantes.


Assim, em Toledo, você encontrará mesquitas e sinagogas. E, claro, igrejas católicas (o catolicismo é a religião predominante na Espanha).

Principais atrações

No ponto mais alto da cidade, está aquela que é sua maior joia histórica e cultural, a Catedral de Toledo. Trata-se de uma das três catedrais góticas espanholas do século XIII, e a principal representante desse estilo no país.

Por dentro, também há espaço para o barroco, além de obras de artistas como Goya, Caravaggio e El Greco.


Catedral de Toledo
Uma das fachadas da catedral (Foto: Rafaela Borges)

 

Outra atração do ponto mais alto da cidade é o Museu do Exército, que funciona no prédio do Alcázar de Toledo. Esse palácio fortificado sobre rochas começou a ser construído ainda na Era Romana, e foi palco de diversos capítulos importantes da história da monarquia espanhola.


Para almoçar, escolha o Adolfo, próximo à catedral, ou sua “filial”, o restaurante do Hotel Boutique Adolfo. Ele está na Plaza Zocodover, a principal da cidade murada.

 

 


 

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”