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E-tron deverá trazer câmeras no lugar de retrovisores ao Brasil
Tecnologia

E-tron deverá trazer câmeras no lugar de retrovisores ao Brasil

E-tron chega no ano que vem com solução que projeta imagens de alta resolução em tela interna

Rafaela Borges

09 de ago, 2019 · 4 minutos de leitura.

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Audi e-tron
Crédito:Audi/Divulgação

Primeiro carro elétrico da Audi, o e-tron está previsto para estrear no Brasil até o início do ano que vem. O SUV feito na Bélgica deverá trazer uma grande inovação ao mercado brasileiro.

Ele será o primeiro carro a trazer câmera no lugar de retrovisores externos ao País. O item, no entanto, será opcional. De série, o carro virá com retrovisores externos convencionais.

Durante o lançamento mundial do e-tron, no ano passado, em Abu Dabi, a Audi havia informado ser baixa a possibilidade de essa tecnologia vir ao Brasil. Era preciso, antes, verificar se a legislação do País permite essa solução.

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De acordo com o presidente da Audi do Brasil, Johannes Roscheck, essa verificação já foi realizada. Não há dispositivo na lei brasileira que impeça a adoção dessa solução no carro.

Outro item opcional que o e-tron deverá trazer é o teto solar panorâmico. As demais tecnologias do carro elétrico deverão ser de série.

Entre as novidades, há o novo cockpit virtual da Audi, que estreará no Brasil nas próximas semanas (nos modelos Q8, A6 e A7). A central multimídia também é totalmente nova: mudaram as telas, as funções e a usabilidade, que melhorou.


 

Confira o teste em vídeo do Audi e-tron durante o lançamento mundial do carro


 

O modelo também pode ser personalizado com diversas cores de iluminação, em sistema comandado pela central multimídia. Os dois motores elétricos do e-tron são instalados nos dois eixos. Juntos, geram 408 cv na versão que virá ao Brasil.

Já a autonomia máxima é de 400 km. As baterias podem ser recarregadas em tomadas caseiras, durante a noite, por exemplo. Em postos de recarga, o processo é ainda mais rápido.


Câmeras do e-tron

As câmeras instaladas nas laterais fazem o papel de retrovisores no e-tron. Elas ficam, inclusive, no lugar desse apêndice.

As imagens em alta resolução captadas pelas câmeras são as mesmas que seriam mostradas nos espelhos dos retrovisores internos convencionais. No entanto, elas são projetadas em duas telas, uma na porta direita e outra na esquerda.

 


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Com isso, o motorista pode ver o tráfego traseiro pelas laterais, essencial para fazer conversões como mudanças de faixa, por exemplo.


A Audi ainda não divulgou o preço do e-tron no Brasil, nem quanto custará a tecnologia opcional.

 

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”