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BMW M850i está pronto para a largada
Avaliação

BMW M850i está pronto para a largada

Cupê BMW M850i xDrive chega ao Brasil esbanjando potência e boa dirigibilidade, por R$ 799.950

Hairton Ponciano Voz

12 de ago, 2019 · 7 minutos de leitura.

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BMW M850i xDrive
BMW M850i xDrive tem motor 4.4 V8 biturbo, tração integral e boa distribuição de peso
Crédito:JF Diorio/Estadão

O ponteiro do velocímetro já havia passado dos 200 km/h na reta dos boxes em Interlagos, quando apareceu a placa de 150 m para o S do Senna. Aquele é um sensato lembrete de que estamos no momento de frenagem. Cravei o pé no pedal do BMW M850i XDrive, o cupê deu uma leve balançada de traseira (não por causa do carro, mas devido a uma leve imperfeição do asfalto) e respondeu com tanta obediência que eu descobri que poderia ter ido bem além. Sinal de que era possível confiar mais no carro em geral e nos freios em particular. E uma informação útil para as voltas seguintes.

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Um pouco mais de contato com o novo cupê da marca alemã, que está chegando às lojas por R$ 799.950, e o motorista vai percebendo que o conjunto permite abusar mais dos freios, da tração, da suspensão, do motor. Enfim, de tudo.


O mais novo modelo da BMW encanta pelas linhas e pelo comportamento na pista. O M850i xDrive foi avaliado no autódromo de Interlagos, e mostrou ali várias de suas virtudes. E apenas um ou outro ponto negativo.

Começando pela dinâmica, o cupê acelera com vigor, graças ao motor 4.4 V8 biturbo a gasolina, que gera 530 cavalos de potência e 76,5 mkgf de torque, disponível a partir de 1.800 rpm. Isso significa que uma leve pressão no acelerador é suficiente para transferir para as quatro rodas toda a força do motor. A propósito, o sobrenome xDrive significa que o modelo tem tração nas quatro rodas. De acordo com a BMW, a aceleração de 0 a 100 km/h leva apenas 3,7 segundos. A máxima é limitada a 250 km/h. O mais importante, porém, não é a “quanto” ele chega, mas “como” ele se comporta para chegar lá.


Carroceria do M850i utiliza fibra de carbono

Com teto de fibra de carbono e altura de apenas 1,35 m, o cupê de duas portas, 4,85 m de comprimento e 1.890 kg parte nas retas com agilidade impressionante e contorna curvas de alta velocidade (como a do Sol) e de baixa (como a do Pinheirinho) com muita facilidade, sem dar sustos no motorista. O baixo centro de gravidade, a tração integral e a boa distribuição de peso (54/46%) fazem do M850i um carro dócil e equilibrado.

A direção elétrica é firme e direta, e tem ajustes (elétricos) de altura e profundidade. Os bancos envolventes têm bom apoio lateral e, claro, oferecem regulagens elétricas. Como encontrar a posição ideal ao volante é fácil (aqui vale aquele chavão de “vestir o carro”), o motorista fica à vontade para explorar o cupê.


Mesmo abusando do acelerador e retardando frenagens, basta pisar no freio e virar o volante que o cupê obedece as ordens, com pouquíssima inclinação de carroceria e sem sair da trajetória. Colabora para esse comportamento a suspensão de alumínio independente nos dois eixos, com pouco curso. Os pneus largos de perfil baixo (245/35 na frente e 275/30 atrás) garantem o atrito necessário com o solo, e as rodas aro 20 deixam à mostra as grandes pinças de freio dianteiras, pintadas de azul – marca registrada da divisão M.

Cores da divisão M

Falando nas cores da divisão esportiva, o modelo avaliado pelo Jornal do Carro trazia faixas alusivas da Motorsport nas laterais e em pontos sutis do interior, caso dos cintos de segurança e dos frisos no painel.


O câmbio automático de oito marchas tem uma bela alavanca de cristal, como o X7. E, como em todo BMW, há vários modos de condução, do econômico ao esportivo. Obviamente, optamos pelo esportivo. A única coisa estranha é o conta-giros do painel virtual, que funciona no modo anti-horário, e portanto antinatural.

Embora tenha quatro lugares, na prática esportivos dessa categoria (Porsche 911 incluso) são carros para duas pessoas. Além de o acesso ao banco traseiro ser muito difícil, lá o espaço é exíguo. Serve no máximo para crianças, desde que pequenas.


Já o porta-malas pode ser considerado muito bom – para um esportivo, claro. Apesar de não ser muito alto, o compartimento é bem profundo. De acordo com a BMW, acomoda 420 litros.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.