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Miura encontrado em fazenda na Alemanha irá a leilão
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Miura encontrado em fazenda na Alemanha irá a leilão

Unidade ficou preservada em celeiro na Floresta Negra desde 2015. Miura manteve originalidade sem passar por reformas

Redação

11 de ago, 2019 · 3 minutos de leitura.

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Miura encontrado tem menos de 30 mil quilômetros rodados desde 1971
Crédito:Foto: RM Sotheby's/Divulgação
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Um Lamborghini Miura que foi encontrado num celeiro na Alemanha poderá ser vendido por até US$ 1,2 milhão num leilão em outubro. O Miura de 1971 foi comprado novo por um executivo de Nurnberg e vendido três anos depois para o piloto amador Hans-Peter Weber. O piloto manteve o carro até sua morte em 2015.

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Desde então o Miura ficou guardado na fazenda de um amigo de Weber na Floresta Negra. O hodômetro marca apenas 29.020 quilômetros rodados e o carro chama atenção pela originalidade. O modelo nunca foi reformado e guarda marcas naturais de uso. A cabine tem acabamento de tecido e couro azuis. A unidade é da versão P400S, com um V12 de 3,9 litros de 370 cv.

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Os únicos itens não originais são cintos de segurança de corrida e as setas de direção dianteiras, instaladas posteriormente. O carro chamou tanta atenção que o leilão será feito em Londres, na sede da RM Sotheby’s. E o leiloeiro será o diretor do braço europeu da empresa, Maarten Holder.

Estrela de cinema

Recentemente, o Miura usado no filme “Um golpe à italiana” (The Italian Job) foi encontrado com um colecionador de Liechtenstein. A origem do carro foi certificada pelo próprio Centro Storico Lamborghini e a unidade foi de fato a usada pela produção do filme.


O modelo usado no filme é um Miura P400, com o mesmo V12 do carro que irá a leilão. A potência, no entanto, é menor na versão de entrada e chega a 350 cv.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”