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Audi Q8 mostra habilidade na pista
Avaliação

Audi Q8 mostra habilidade na pista

SUV de topo da Audi, Q8 é muito bom em curvas e surpreende por agilidade. Cabine é recheada de tecnologia

Igor Macário, de Mogi Guaçu

15 de ago, 2019 · 6 minutos de leitura.

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q8
Q8 É O NOVO SUV DE TOPO DA AUDI
Crédito:AUDI/DIVULGAÇÃO

Uma das principais novidades da Audi no Brasil este ano, o Q8 assume o topo da linha de SUVs da marca no País cerca de um ano após o lançamento mundial. O modelo divide plataforma com o Q7 e também com os Lamborghini Urus, Porsche Cayenne e Volkswagen Touareg. E é a opção de SUV grande com ares esportivos da Audi. Por aqui, chega em duas versões, a Performance e a Performance Black. A tabela parte de R$ 494.990 para a “de entrada” e de R$ 531.990 para a de topo. Ambas ainda podem receber opcionais.

O Q8 mostrou muita desenvoltura nas curvas do autódromo Velo Città, em Mogi Guaçu (SP). Principalmente quando equipado com o eixo traseiro direcional opcional, o SUV grande é ágil nas mudanças de direção e disfarça bem o seu tamanho. Os largos pneus montados nas rodas de 21 polegadas, também opcionais, contribuem para a sensação de segurança. O modelo se mostra bem mais afeito a uma condução esportiva do que seu irmão Q7.

O motor V6 turbo de 340 cv, se não impressiona, também não deixará o Q8 na mão. O funcionamento é suave e há boa dose de força ao longo de todo o conta-giros. Com decisão, mas sem reações explosivas. Essas impressões ficarão para as versões S e RS do modelo. O câmbio de oito marchas trabalha de forma quase imperceptível e deixa o motor sempre na faixa de rotação onde há melhor entrega de força.

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O modelo é lotado de tecnologia. A tração Quattro distribui a força entre os dois eixos na proporção de 60% para o eixo traseiro e 40% para a frente. Mas a distribuição pode chegar a 80% para o eixo traseiro e até 70% para o dianteiro em condições extremas.

O sistema elétrico de 48 volts usa bateria de íons de lítio de 12 kWh. O pequeno motor, instalado entre o câmbio e o V6 a gasolina, não empurra o carro sozinho, mas é capaz de manter um movimento curto, de cerca de 30 segundos, em velocidade constante. Isso ocorre porque o sistema start-stop do SUV pode entrar em ação já a 22 km/h. Além disso, o motor também é desligado quando o carro entra em modo de roda livre. O carro não apenas desconecta a transmissão para economizar combustível, como também desliga o motor por completo. É a bateria de lítio que mantém tudo ligado sem o V6 em funcionamento.

A cabine é confortável e espaçosa. Embora o teto tenha caimento mais acentuado na traseira, há espaço para dois adultos se acomodarem sem aperto no banco de trás. O porta-malas também leva bons 605 litros. Apesar do apelo mais esportivo, o Q8 é capaz de lidar com uma família, desde que não seja numerosa.


As novas telas sensíveis ao toque também são simples de usar. Apesar da grande quantidade de funções, o layout é simples e achar a função desejada é fácil. A tela inferior, de 8,6 polegadas, entende letras e palavras inteiras desenhadas com o dedo, para inserção de endereços no GPS. A cada toque, uma leve vibração torna tudo muito semelhante a usar um smartphone.

O senão é que vários equipamentos importantes num carro dessa faixa de preço ainda ficaram na lista de opcionais. Itens como monitor de ponto cego, head-up display e os faróis Matrix adicionam vários milhares de reais em um carro cuja versão de entrada já beira o meio milhão de reais.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.