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História das marcas: episódio Chevrolet
História

História das marcas: episódio Chevrolet

Marca americana com nome do suíço Louis Chevrolet já mudou várias vezes de rumo, mas sem nunca esquecer sua origem popular

Diego Ortiz

26 de ago, 2019 · 5 minutos de leitura.

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Chevrolet
Primeiro Chevrolet, o Classic Six
Crédito:Chevrolet/Divulgação

A Suíça nos trouxe os chocolates, a precisão da marcação do tempo, sob a forma de seus valiosos relógios, e uma das maiores marcas americanas de todos os tempos, a Chevrolet. Louis-Joseph Chevrolet, fundador da montadora com seu nome, nasceu em La Chaux-de-Fonds, ao lado de Berna, em 1878. E foi para Nova Iorque em 1901 para trabalhar na Fiat.

Piloto habilidoso e engenheiro de mão cheia, logo foi descoberto pela Buick. Projetando seu primeiro motor em 1909. A durabilidade e força de seu 4.8 quatro cilindros fez a Buick vencer 161 corridas nacionais e bater 11 recordes de velocidades. Todas com o carro 31. Estava ali pavimentado o nome que daria fama a uma nova empreitada.

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Junto do “Fabuloso Billy”, apelido de William Durant, fundador da General Motors, Louis abre em 3 de novembro de 1911 a Chevrolet Motor Car Company em Flint, Michigan. Bem ao lado de Detroit. Já no primeiro carro da empresa, o Classic Six, uma confusão. Durant queria um modelo mais barato, para ganhar volume de vendas. Já Chevrolet queria fazer seu nome. E criou um modelo poderoso, dotado de um seis cilindros na frente e transmissão de três marchas montada no eixo traseiro. Bem mais caro que os Ford T, mais simples e com quatro cilindros.

Uma coisa que chamava a atenção no Classic Six era que sua aparência lembrava muito de carros europeus. E não era por acaso. Esse foi um pedido de Louis (suíço) para o projetista francês Etienne Planche. Aliás, essa mistura europeia-americana foi evidenciada décadas mais tarde com a parceria Chevrolet-Opel, que trouxe para o Brasil o Astra, Corsa, Meriva e Zafira.


Nascia assim a marca da gravatinha dourada. Ou de uma cruz estilizada em homenagem à Suíça, que ficou pouco tempo nas mãos de Louis. Em 1915 tantas discordâncias de projeto fizeram ele vender sua participação na empresa para Durant. A GM, faminta, seguia em sua compra de fabricantes. Deixando sob seu chapéu a Chevrolet, Buick e a Plymouth, todas brigando com a Ford e com a Chrysler.

Louis, que se dedicou apenas a carros de corrida depois, viu a Chevrolet dar uma grande virada em 1953. Focada em carros mais baratos, a marca cria o Corvette, um esportivo de dois lugares feito de fibra de vidro que ganhou o coração dos entusiastas.


Chevrolet até na guerra

Na Segunda Guerra Mundial a Chevrolet tratou de fazer caminhões, em especial o G7100, que era bastante versátil, com tração 4X4. Ele levava suprimentos e soldados. O pesado era tão bom que teve cerca de 50 mil unidades vendidas até para o exército soviético.

No Brasil, a GM chegou em 1930, mas só foi colocar a gravata dourada em um carro de passeio em novembro de 1968, com o Chevrolet Opala. Após isso, os lançamentos da GM no País se concentraram todos na marca de Louis, criando clássicos como o Chevette, Omega, Monza e agora o modelo mais vendido do Brasil, o Onix.


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