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Chevrolet Onix Plus 2020 mostra força sob o capô com motor 1.0 turbo
Avaliação

Chevrolet Onix Plus 2020 mostra força sob o capô com motor 1.0 turbo

Equipado com motor turbo de três cilindros e 116 cv, novo Onix Plus 2020 apresenta bom desempenho e estilo

Hairton Ponciano Voz, DE PORTO ALEGRE (RS)

13 de set, 2019 · 8 minutos de leitura.

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CHEVROLET ONIX PLUS PREMIER 2020
Crédito:CHEVROLET/DIVULGAÇÃO

Uma leve pressão no acelerador e o pequeno motor 1.0 turbo de três cilindros mostra a que veio. Praticamente sem vibração e sem ruídos indesejáveis (apesar do número ímpar de cilindros), o Chevrolet Onix Plus parte com disposição.

O Jornal do Carro avaliou a versão topo de linha do sedã, Premier, que está sendo lançado em Porto Alegre (RS). São 116 cv de potência e 16,8 mkgf de torque, com etanol. Na prática, parece que há mais força sob o capô. A 120 km/h, o motor trabalha a 2.500 rpm. A Chevrolet divulga aceleração de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos.

Andando, além das boas respostas do acelerador, o modelo mostrou também suspensão bem acertada, que filtra bem as imperfeições do piso. A direção elétrica agrada, e o volante de couro tem base reta. Da mesma forma, os freios são bons. O modelo tem discos na frente e tambores atrás.

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O câmbio automático de seis marchas faz trocas suaves e conversa muito bem com o motor. Porém, não há borboletas para trocas no volante. Se quiser, o motorista precisa recorrer ao botão (+/-) na própria alavanca, um sistema não muito prático, que só funciona quando se seleciona o modo “L” no câmbio.

A Premier custa R$ 73.190. De série, todas as versões do Onix vêm com seis air bags, controles de estabilidade, tração e assistente de partida em rampa, entre os principais componentes.

Além disso, a versão Premier tem rodas de liga leve de 16 polegadas (15″ nas demais), luzes diurnas de LEDs e faróis do tipo projetor. Há ainda o pacote Premier 2, que acrescenta alerta de ponto cego, ar-condicionado digital e assistente de estacionamento. Nesse caso, o preço salta para R$ 76.190.


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CHEVROLET/DIVULGAÇÃO

Acabamento é simples

A primeira coisa que chama atenção no novo sedã do Onix é o visual elegante. O estilo é ao mesmo tempo moderno e sóbrio, com belas lanternas e faróis. A grade é bipartida, uma característica da marca.

Por dentro, o acabamento bicolor da versão Premier chama a atenção. É possível optar pela combinação preto com caramelo ou preto com cinza. Os bancos são macios e apoiam bem o corpo. Apesar do sobrenome que inspira requinte, porém, mesmo o Onix Plus mais caro tem acabamento simples, com plásticos rígidos no painel, console e laterais de portas.


Espaço é bom atrás

Feito sobre uma nova plataforma (a GEM, desenvolvida para mercados emergentes), o Onix Plus tem bom espaço no banco de trás. Há acomodação suficiente para pernas e cabeça, mesmo de pessoas altas. Além disso, há duas portas USB disponíveis para os ocupantes do banco de trás. De acordo com a Chevrolet, elas servem até para carregamento de tablets (que precisam de mais energia). Só não há saídas de ar-condicionado, como o rival Volkswagen Virtus.

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CHEVROLET/DIVULGAÇÃO

Wi-Fi a bordo

A internet nativa, da Claro, permite a conexão simultânea de até sete aparelhos, de acordo com a Chevrolet. A montadora garante também que o sistema é “12 vezes mais potente” do que um roteador comum. O Onix também oferece carregador de celular por indução. A tela da central multimídia é de 7″, e o sistema é compatível com Android Auto e Apple CarPlay.


Sedã cresceu

Em comparação com o antigo Prisma (que permanece à venda, assim como o Onix, ambos na versão Joy), o novo sedã cresceu 19,4 cm no comprimento (para 4,47 m), 7,2 cm na distância entre eixos (2,6 m) e 4,1 cm na largura (1,73 m). O porta-malas, porém, manteve a mesma capacidade (469 litros).

Além dos plásticos duros, o modelo é simples também no novo grafismo do quadro de instrumentos e no display de TFT que mostra os dados do computador de bordo. Outro ponto negativo é o dispositivo que libera a coluna de direção, para o ajuste. Embora o carro permite regulagem de altura e profundidade, a trava é muito dura.

Jornalista viajou a convite da Chevrolet


Prós e contras

Prós – Estilo
O sedã tem linhas elegantes, e deu um grande salto em relação ao Prisma. O desempenho também agrada.

Contras – Acabamento
O modelo abusa dos plásticos rígidos na parte interna, espalhadas pelo painel e laterais. A textura bem trabalhada não consegue eliminar a sensação de simplicidade


Ficha técnica – Onix Plus Premier 2020

Preço: R$ 73.190
Motor: 1.0, 3 cil., 12V, flexível
Potência (cv)*: 116 a 5.500 rpm
Torque (mkgf)*: 16,8 a 2.000 rpm
Câmbio: Automático, seis marchas
Comprimento: 4,47 m
Entre eixos: 2,6 m
Peso: 1.112 kg
Porta-malas: 469 litros

Fonte: Chevrolet


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”