Você está lendo...
BMW mantém três mil carros abandonados no Canadá
Notícias

BMW mantém três mil carros abandonados no Canadá

Modelos de BMW e Mini foram atingidos por tempestade em porto canadense em 2015 e foram recolhidos após recall demandado por autoridades do país

Redação

25 de set, 2019 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

bmw
Unidades do i8 estão entre as recolhidas pela BMW canadense
Crédito:Foto: Michaela Rehle/Reuters
bmw

Cerca de 3 mil carros de BMW e Mini estão se deteriorando no Canadá sem que a marca possa fazer nada por eles. As unidades foram atingidas por uma tempestade no porto de Halifax em fevereiro de 2015.

INSCREVA-SE NO CANAL DO JORNAL DO CARRO NO YOUTUBE

A tormenta foi tão forte que o departamento de transporte do Canadá considerou os carros inaptos para continuarem nas ruas. Os veículos teriam sido expostos à água e sal por períodos longos. Isso poderia ter causado danos à eletrônica dos modelos, e causar problemas aos proprietários.

Publicidade


Os Mini poderiam ter conexões e cabos do motor de partida corroídos e problemas para ligar o motor. Os propulsores poderiam ainda ser desligados permanentemente pelo sistema start-stop. Nos BMW, a lubrificação interna do sistema de direção poderia ter sido afetada pela água salgada. Isso poderia resultar em direção pesada, causando dificuldade de controle dos carros.

A BMW foi obrigada a fazer um recall e recolher de volta 2.996 unidades atingidas pela tempestade no porto. Todos os proprietários foram ressarcidos e receberam novos carros.

Donos ganharam novos carros

Os compradores aos quais as unidades estavam destinadas foram ressarcidos e receberam novos carros na época. Enquanto isso, os antigos foram colocados num depósito e seu futuro é incerto. Entre os carros recolhidos, há praticamente unidades de todos os modelos da gama. Séries 2, 3, 4, 5, 6 e 7, elétricos e híbridos i3 e i8, Z4 e os Minis Cooper hatch, conversível, Coupe, Paceman e Roadster estão entre os deixados à própria sorte no Canadá.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”