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Mercedes GLC chega com inédito motor a diesel
Avaliação

Mercedes GLC chega com inédito motor a diesel

Mercedes-Benz GLC ganhou reestilização de meia idade e motor 2.0 a diesel turbo de 194 cv

Hairton Ponciano Voz

23 de out, 2019 · 7 minutos de leitura.

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Mercedes-Benz GLC
Mercedes-Benz GLC recebeu leve reestilização, incluindo novos para-choques, grade e faróis. O motor a diesel é silencioso
Crédito:Mercedes-Benz/Divulgação

A linha 2020 do Mercedes-Benz GLC está chegando às lojas pela primeira vez com motor a diesel. O SUV, que passou por uma leve reestilização de meia vida, ganhou a identificação 220 d na traseira. É uma referência ao propulsor 2.0 a diesel de 194 cv de potência e 40,8 mkgf de torque a partir de 1.600 rpm. O modelo custa R$ 294.900 na versão Off-Road (considerada básica) e R$ 329.900 na Enduro, a mais equipada. De acordo com a marca, o modelo produzido na Alemanha chega para disputar com os alemães BMW X3 e Audi Q5, além do sueco Volvo XC60.

Afora o GLC com carroceria SUV (mais alta), o carro está chegando também na versão Coupé, por R$ 362.900 (foto abaixo). Com carroceria mais baixa e perfil mais esportivo, esse modelo recebeu motor 2.0 turbo a gasolina, de 258 cv. Com essa motorização, a Mercedes informa que o GLC é capaz de ir de 0 a 100 km/h em 6,3 segundos, e de alcançar 240 km/h.

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A reestilização incluiu novos para-choques, grade com dois frisos largos e rodas de 19” com novo desenho, no SUV. No GLC cupê, o friso frontal é único. Por dentro, os destaques são o quadro de instrumentos colorido de 12,3” personalizável em três modos de leitura. A tela central flutuante de 10,25” agora é sensível ao toque. Além disso, o modelo tem novo volante e carregador de celular sem fio, teto solar panorâmico e som Burmester de 590 Watts. Outra novidade do SUV é a possibilidade de comandar a central multimídia por voz.

GLC a diesel é silencioso

Avaliado na versão Enduro, chega a ser até difícil identificar que sob o capô pulsa um motor a diesel. O propulsor de quatro cilindros turbo trabalha tão silenciosamente que poderia ser confundido com uma unidade movida a gasolina. Mesmo quando o motorista eleva a rotação, o ruído chega de forma muito abafada ao interior.


De acordo com a Mercedes, uma das novidades é que a empresa passou a utilizar novos coxins produzidos por uma mistura de borracha e plástico para sustentação do motor.

O motor trabalha em conjunto com a transmissão automática de nove marchas. A tração é distribuída pelas quatro rodas. Graças a essa combinação, a Mercedes afirma que o carro é capaz de fazer 0 a 100 km/h em 7,9 segundos e de alcançar 215 km/h.

Além de responder muito bem ao acelerador, o GLC consegue andar em velocidade de cruzeiro, a 120 km/h, abaixo de 2.000 rpm, o que contribui para a economia de diesel. Nessa faixa de velocidade, o modelo de 1.835 kg vai a cerca de 1.800 rpm.


Nas curvas, o modelo mostrou ótimo equilíbrio. Graças à tração integral e aos pneus de perfil baixo (235/55), o GLC apresentou boa estabilidade, com pouca inclinação da carroceria. O motorista nem se sente ao volante de um carro de 1,64 m de altura.

Estabilidade em curvas impressiona

O mesmo bom comportamento no asfalto voltou a se repetir na terra. Sobre piso de chão batido em boas condições, o GLC também mostrou suavidade. A suspensão absorve as imperfeições sem transmitir sacolejos ou vibrações para dentro.


Como é uma tradição da marca, o acabamento é bom, com superfícies macias ao toque tanto no painel como nas laterais de portas. Os controles elétricos dos bancos dianteiros ficam na porta – outra tradição da marca alemã. Pelos botõezinhos, podem-se ajustar até o prolongamento do apoio para pernas e altura do apoio de cabeça. A regulagem da coluna de direção (altura e profundidade) também é elétrica.

O GLC vem com auxílio de estacionamento perpendicular e longitudinal e sistema de manutenção em faixa. Uma curiosidade é que o dispositivo corrige a trajetória não por meio do motor da direção elétrica, mas sim por meio de aplicação seletiva de freios – na prática, uma “beliscada” em uma das rodas dianteiras, para recolocar o carro na trajetória.

Há ainda controle de cruzeiro adaptativo (Distronic), faróis full LEDs e lanternas também de LEDs.


Ficha técnica

Mercedes-Benz GLC Enduro: R$ 329.900

Motor: 2.0, 4 cil., 16V, turbodiesel

Potência: 194 cv a 3.800 rpm


Torque: 40,8 kgfm de 1.600 a 2.800 rpm

Câmbio: Automático, 9 marchas

Comprimento: 4,66 m


Altura: 1,64 m

Largura: 2,10 m

Porta-malas: 550 litros


Peso: 1.835 kg

Prós e contras

Prós: Dirigibilidade

SUV é estável nas curvas e rápido nas acelerações.


Contras: Portas USB fora de medida padrão

Console central tem duas portas no padrão mini-USB, que exigem cabo específico

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Jornal do Carro
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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.