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Cayenne Coupé híbrido custa mais que o dobro do 3.0 V6
Avaliação

Cayenne Coupé híbrido custa mais que o dobro do 3.0 V6

Porsche Cayenne Coupé chega ao Brasil nas versões 3.0 V6 e 4.0 V8 S E-Hybrid. Preços vão de R$ 459 mil a R$ 956 mil

Hairton Ponciano Voz, de Gramado (RS)

29 de out, 2019 · 6 minutos de leitura.

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cayenne
Cayenne Coupé é igual ao SUV apenas até as portas da frente
Crédito:Porsche/Divulgação
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A Porsche lança hoje no Brasil o Cayenne Coupé. O modelo chega em duas versões. O 3.0 V6 de 340 cv custa R$ 459 mil, enquanto a versão Turbo S E-Hybrid, 4.0 V8 biturbo de 680 cv, salta para R$ 956 mil, ou mais que o dobro do modelo de entrada. A versão intermediária, 4.0 V8 turbo a gasolina, de 550 cv, ainda não tem previsão. Em todos os casos, o câmbio é automático de oito marchas.

O Cayenne Coupé tem estilo mais esportivo que o SUV, e deve atrair parte do público que busca um modelo de aspecto mais dinâmico. O Coupé é 2 cm mais baixo que o Cayenne original, e 1,8 cm mais largo na traseira. As diferenças em relação ao SUV, porém, são muito mais profundas. O para-brisa é mais inclinado, por exemplo. Isso foi necessário para que a curvatura do teto fosse mais linear.

Segundo a Porsche, do SUV o Coupé aproveita somente a parte dianteira e as portas da frente.

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Banco traseiro é 3 cm mais baixo

Por causa da inclinação do teto na parte traseira, o banco de trás está 3 cm mais baixo, de modo a não comprometer o espaço para cabeça. A acomodação é boa, e o modelo pode ter quatro ou cinco lugares.

O Cayenne Coupé oferece uma lista imensa de itens de personalização, que pode chegar a 180 possibilidades. Há, por exemplo, o pacote Sport Leve, que reduz o peso do veículo em 32 kg. Ele é dotado de teto de fibra de carbono, rodas especiais e escape esportivo, entre outros itens. Além de reduzir o peso, esse pacote opcional diminui também o centro de gravidade, melhorando o comportamento do veículo. O pacote custa cerca de R$ 76 mil.


De acordo com a Porsche, o 3.0 V6 acelera de 0 a 100 km/h em 6 segundos, e alcança 243 km/h de máxima. O híbrido faz 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e alcança 295 km/h.

Na estrada com o Porsche

Avaliamos o 3.0 V6 e um roteiro de cerca de 400 km pelo Rio Grande do Sul. O modelo mais barato mostrou boas respostas ao acelerador, facilitando as ultrapassagens. A direção elétrica é precisa, e a posição ao volante é perfeita. O console elevado facilita o acesso aos principais comandos, como os controles de ar-condicionado, som, etc.


O quadro de instrumentos é típico da Porsche, com um grande conta-giros central, ladeado por outros quatro círculos, que complementam as informações. Ali aparecem velocímetro, computador de bordo, GPS, medidor de força G, etc.

A coluna de direção tem ajuste elétrico, assim como os bancos dianteiros. O único senão é a ausência de portas USB de tamanho padrão (o modelo utiliza portas mini-USB).


Se na estrada o Cayenne Coupé já agrada, no roteiro de terra o novo Porsche também não desaponta. A suspensão absorve muito bem as imperfeições do piso, sem passar solavancos ou vibrações ataca cabine. O isolamento acústico também é muito bom. Da mesma forma, os freios se encarregam de segurar o ímpeto do modelo com muita competência.

Prós e contras

Prós
Dirigibilidade
Motor potente é ágil e trocas do câmbio de oito marchas são rápidas. Freios, direção e suspensão também agradam


Contras
Faltam portas USB
Cayenne Coupé utiliza padrão mini-USB, que não é pratico

Ficha técnica

Porsche Cayenne Coupé 3.0 V6

Preço
R$ 459 mil
Motor
3.0, V6, 24V, turbo, gasolina
Potência
340 cv
Torque
45,9 mkgf de 1.340 a 5.300 rpm
Câmbio
Automático, 8 marchas
Tração
Integral
Porta-malas
625 litros
0 a 100 km/h
6 segundos
Máxima
243 km/h


Fonte: Porsche

Viagem feita a convite da Porsche


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”