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Toyota segue os passos da Renault no Brasil
Mercado

Toyota segue os passos da Renault no Brasil

Toyota investe em modelos de baixos custo, vindos de países emergentes, para aumentar o portfólio de produtos no Brasil

Redação

30 de out, 2019 · 4 minutos de leitura.

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toyota
Catálogo do Toyota Raize
Crédito:Toyota/Divulgação

A Renault fazia muito sucesso no Brasil. A Scénic era o sonho de consumo de classe média e o Clio, primeiro compacto de entrada com air bag de série por aqui, ia muito bem. Com a morte dos monovolumes e os cálculos de precificação esmagando os modelos de entrada, tudo mudou e a marca francesa se viu sem produtos para vender. E com uma fábrica imensa no Paraná para administrar.

Foi aí que a Renault teve uma ideia. Usar a romena Dacia como produtora de carros de baixo custo para países emergentes, em especial o Brasil. Vieram desta ideia Sandero e Logan. Dois sucessos. Agora, no último ano, o indiano Kwid. Outro sucesso. Essa inciativa fez outras marcas pensarem que este pode ser o caminho para uma maior variedade de produtos.

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É aí que chegamos à Toyota. O purismo e pragmatismo do Corolla ou do RAV4 deu lugar a racionalidade extrema do indiano Etios e à simplicidade do tailandês Yaris. Em termos de identidade de marca fica muito difícil ligar o Etios ao Corolla se não for pela logo. É como comparar um tigre a um gato de rua. Ambos são felinos, mas…

E há mais um produto vindo desta fórmula que vai chegar ao Brasil em 2021. Trata-se do Raize, um SUV originalmente da Daihatsu (a Dacia da Toyota), mas que vai ganhar o logo da Toyota em mercados emergentes. Compacto, o Raize usará uma plataforma simplificada do Corolla para ganhar vida. E o mesmo motor 1.5 do Etios.

Estratégia da Toyota está certa?

Porém, por mais que isso em um primeiro momento pareça desdém com o mercado brasileiro, basta andar no Etios para ver o quão robusto é o carro. A vantagem da Toyota nesta estratégia é que o controle de produção da marca é extremamente rígido. Então, vindos de projetos da Índia, Tailândia ou de uma sub-japonesa, a qualidade está lá, nitidamente presente. E a imagem de marca também.


Por isso, não se espante se a partir do segundo trimestre de 2021 você vir o Raize brigando de igual para igual com o maiores do segmento de SUVs compactos. Uma marca que vende bem o Etios, com seu design no mínimo controverso, consegue vender qualquer coisa.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.