Fazer um motor a combustão não é tão simples. São várias condições que precisam ser reunidas para que o propulsor dê a partida e se mantenha em funcionamento. Mas os princípios de física e química envolvidos não são dos mais difíceis de entender. A rigor, o motor a combustão funciona, como o nome sugere, com explosões. Elas ocorrem dentro dos cilindros e transformam o combustível líquido em energia cinética que move as rodas.
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Para essas explosões ocorrem, é necessário combustível, oxigênio e eletricidade. Ela dará ignição no vapor de ar e combustível acumulada dentro do cilindro. Isso empurrará o pisão para baixo que, conectado a um virabrequim, levará o movimento para a caixa de câmbio e até as rodas.
Quatro tempos
O tipo de propulsor a combustão mais comum tem quatro tempos, o chamado ciclo Otto. Admissão, Compressão, Ignição e Exaustão. Esse ciclo ocorre a cada rotação do motor, em frações de segundo. Na admissão, o pistão desce, sugando ar e combustível para dentro do cilindro por meio das válvulas de admissão. A compressão empurra a mistura para próximo do cabeçote, como numa seringa com a saida tampada.
A ignição é dada pela centelha elétrica da vela, que explode a mistura e empurra o pistão novamente para baixo, gerando movimento. Na exaustão, o pistão sobe novamente empurrando os gases gerados pela explosão para fora do cilindro através das válvulas de exaustão.
Partida
Os primeiros giros do motor, antes da “mágica” começar, são dados pelo motor de partida. Ele movimenta o motor, enquanto o sistema de injeção espirra os primeiros jatos de combustível na câmara de admissão. Quando primeira explosão ocorre, o motor “pega” e todo o ciclo se inicia.
Por isso, se a bateria estiver fraca, o sistema de partida pode não ter força suficiente para girar todas as partes móveis do motor sozinho. Isso vai deixando as partidas mais “pesadas”, ou até as impossibilita.
Com o motor em funcionamento, é o alternador que mantém a tensão necessária para a centelha das velas ocorrer. Se a peça também estiver comprometida, o motor “morrerá”, já que a faísca será fraca ou inexistente, insuficiente para manter o ciclo de ignições. O altetrnador também alimenta todos os sistemas elétricos do carro, desde luzes a direção com assistência elétrica, por exemplo. Ele é uma pequena usina de energia, capaz também de recarregar a bateria – usada na partida.