Os pneus, como qualquer diversas partes do carro, também dão sinais de que o fim da vida útil está próximo. Alguns sinais são perceptíveis ao volante, como trepidações e ruídos. Outros são visíveis no próprio pneu, como a profundidade dos sulcos, que indicam mais claramente que o pneu precisa ser substituído.
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Pneus gastos são particularmente perigosos em piso molhado. Os sulcos são responsáveis por escoar a água do solo e manter o contato da borracha com o piso. Por isso, sulcos mais rasos são menos eficientes e o pneu fica menos seguro. Por lei, os sulcos precisam ter pelo menos 1,6 mm de profundidade.
Além do perigo, os pneus vão ficando barulhentos e vibram com a proximidade do fim da vida. Em casos críticos, chegam ao ponto de alinhamento e balanceamento não fazerem mais efeito e a direção vibrar sem parar, caso os pneus velhos estejam no eixo dianteiro. Caso estejam no traseiro, todo o carro pode vibrar em velocidades mais altas.
Caso o desgaste tenha sido irregular, o pneu também precisa ser trocado. Mesmo quem apenas o centro da banda de rodagem ou as laterais estejam gastas, já há comprometimento na durabilidade e eficiência dos componentes. Desgaste irregular, aliás, é indício de más práticas e descuido com o carro. As rodas podem estar desalinhadas, ou com câmber e cáster errados. Os pneus também podem estar rodando tempo demais com a calibragem errada. Pressão demais empurra a banda de rodagem e concentra o desgaste no meio. Pressão de menos faz com que as bordas fiquem mais em contato com o solo, localizando o desgaste nas laterais.
Outra situação que pede troca imediata é no caso de furos ou rasgos. Mesmo que dê para consertar o pneu, o reparo é temporário até que um pneu novo possa ser instalado. Mesmo que o conserto resista a uma viagem rápida de volta à cidade de origem, ou suporte alguns dias na cidade, não é recomendável esquecê-lo. O reparo pode se abrir novamente a qualquer momento e em situações perigosas.
Aquaplanagem
Rodar na chuva com pneus gastos aumenta o risco de aquaplanagem. O fenômeno ocorre quando os pneus perdem contato com o pavimento e “sobem” na lâmina de água. Nessa situação, o motorista torna-se passageiro, e o veículo não responde aos comandos, seja de direção, freios ou acelerador.
Para evitar o perigo, em caso de chuva, a primeira providência é reduzir a velocidade. Sobre piso molhado as distâncias de frenagem aumentam, o que eleva também o risco de acidentes. Segundo dados da Bridgestone, um carro a 80 km/h precisa de 27 metros até parar sobre piso seco. Se a pista estiver molhada, a distância é de 35 m, em média.