Raiz x Nutella. A piada que tenta garantir diferença entre quem se diz mais purista e quem prefere algo mais “fácil” serve para quase tudo. E agora também pode virar disputa entre os donos de Troller com a chegada da versão do TX4 com câmbio automático.
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Para completar a linha e aumentar as vendas – a Troller espera superar as 1.500 unidades em 2020 -, o jipe que apelava ao estilo raiz com câmbio manual ganhou mais conforto e comodidade. Por R$ 167.530, o Troller TX4 tem ainda outros itens não disponíveis na versão manual.
Além da transmissão, há diferencial traseiro blocante e novos para-choques de aço com entradas para ganchos de guincho de uso pesado. Os estribos laterais são de aço, com o nome da versão gravada, e são vazados. Segundo a Troller, isso facilita a limpeza das peças e não deixa acumular barro.
Os pneus agora são Pirelli Scorpion MTR, têm sulcos maiores e blocos mais largos. Isso garante uma aptidão off-road maior que os pneus ATR que vêm no Troller manual. Por outro lado eles também aumentam levemente o ruído ao rodar no asfalto. Há faróis de neblina e milha da grife Hella integrados ao para-choque dianteiro. Eles são de LEDs e podem ficar mergulhados sob água por até uma hora. O snorkel do motor agora vem de série.
Internamente, o Troller TX4 ganhou alerta de cinto de segurança, acendimento automático dos faróis, sistema de fixação isofix para cadeirinhas de criança e cinto de três pontas para o ocupante do meio. Todas essas mudanças internas, exceto o acendimento automático, serão implantadas na versão manual também.
Troller TX4 continua forte
O câmbio automático de seis marchas completa o conjunto herdado da picape Ranger. Ele vem aliado ao motor de 3,2 litros, cinco cilindros, turbodiesel de 200 cv e 47,9 mkgf. As relações das seis marchas foram encurtadas usando eletrônica, sem alterar as engrenagens.
Assim, as trocas são feitas mais cedo, para garantir a força necessária no off-road. Como na Ranger, ele trabalha bem, tem poucos trancos e traz uma opção esporte com trocas manuais pela alavanca.
A grande sacada do câmbio é oferecer mais conforto, tanto no uso diário, que segundo a Troller atinge apenas 5% dos compradores do jipe, quanto no off-road.
Mesmo quem é mais graduado no fora de estrada verá como o câmbio casou bem com o motor do jipe e permite ter até mais tranquilidade na hora de vencer obstáculos no fora de estrada. O acerto da resposta do acelerador é “fina” e permite usar o acelerador com precisão para acelerar pouco e ultrapassar obstáculos com o torque dosado.
O sistema de bloqueio do diferencial traseiro vai permitir usar melhor a força disponível. Ele funciona a até 40 km/h. Ao superar essa velocidade ele desativa sozinho, voltando a acionar quando a velocidade cai de novo dentro do permitido.
No mais, o TX4 é o Troller de sempre. Suspensão bruta para o off-road e que castiga os ocupantes do banco traseiro quase nenhum conforto. O ângulo de esterço do volante é reduzido e exige manobras em lugares apertados. O espaço interno garante quatro adultos, com conforto para quem vai na frente, mas pouco espaço para quem está atrás. O quinto ocupante sofre.
São três cores disponíveis: verde, prata ou marrom. Sempre combinando com o teto, capô e tampa do porta-malas azul naval.