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Teste: Volkswagen Virtus GTS é rápido e cheio de equipamentos
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Teste: Volkswagen Virtus GTS é rápido e cheio de equipamentos

Versão com apelo esportivo, Virtus GTS tem motor 1.4 de 150 cv do T-Cross e muita disposição para andar. Sedã parte de R$ 104.490

Igor Macário, de São Carlos (SP)

18 de fev, 2020 · 6 minutos de leitura.

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Virtus GTS
Volkswagen Virtus GTS
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Depois de mostrar o Polo GTS, a Volkswagen apresentou o sedã Virtus GTS, com a mesma preparação esportiva do hatch. O modelo também ganhou o motor 1.4 turbo de 150 cv usado tanto por Polo GTS, como por vários outros VW. O modelo já está nas concessionárias da marca por R$ 104.940.

O pacote de série é bem completo. Há itens como ar-condicionado automático, central multimídia e painel virtual de série. Os bancos são esportivos, mais evolventes e revestidos de tecido e couro. Além do encosto de cabeça integrado, há a inscrição da sigla da versão nos encostos. Os novos bancos são confortáveis e apoiam bem o corpo de motorista e passageiro da frente.

A central multimídia é a mesma das versões de topo do sedã. Mas o GTS adiciona uma tela que mostra o status de funcionamento do motor do carro. O sistema é bem completo e há GPS integrado e suporte a Android Auto e Carplay, da Apple.

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O restante do acabamento, no entanto, segue o padrão da linha Virtus e Polo. Embora os GTS tenham cabine mais escura, os plásticos rígidos comuns à todas as versões do modelo estão lá e destoam na versão de topo que ultrapassa os R$ 100 mil. Painel e portas são revestidos de plástico rígido rugoso, áspero ao toque. Ao menos, o acabamento é um dos poucos pontos fracos do sedã.

O motor 1.4 do Virtus GTS é o mesmo usado nos SUVs T-Cross e Tiguan, mas faz menos esforço para levar os 1.255 quilos do sedã. Isso significa que o modelo é ágil em praticamente todas as situações. As reações são rápidas em uso urbano e o sedã também consegue imprimir ritmos fortes na estrada. A suspensão é mais firme, mas ainda longe de ser desconfortável.

O acerto mais “justinho” deixa o Virtus GTS mais esperto aos comandos do volante e mais gostoso de dirigir. O sedã também é estável em velocidades mais altas e transmite segurança ao volante.


1.4 agrada no GTS

O 1.4 é valente e dá ótimo desempenho ao Virtus. No entanto, não espere um comportamento explosivo como os antigos Golf GTI, ou mesmo seu “primo” maior, o Jetta GLI. E a culpa do comportamento mais calmo é justamente o câmbio automático de seis marchas. A transmissão é boa, mas não tem as trocas quase instantâneas dos câmbios de dupla embreagem da marca. Mesmo no modo mais esportivo ou no modo manual, as mudanças mais lentas parecem limitar o desempenho do motor. Segundo a Volkswagen, usar uma transmissão de dupla embreagem no modelo encareceria demais o projeto.

Ainda assim, os 25,5 mkgf de torque aparecem já a 1.500 rpm e o Virtus GTS é bem esperto. O sedã mostra disposição numa faixa ampla de rotações, com pouco atraso vindo do pedal do acelerador. Basta pisar que o 1.4 responde.


Para dar um toque extra ao desempenho do Virtus GTS, a VW instalou um sistema que simula um som de escapamento esportivo para quem vai dentro do carro. O barulho é particularmente audível no modo esportivo de condução, mas não se engane. Apenas os ocupantes da cabine ouvirão o ronco simulado, por fora o ruído é o de um carro com escapamento convencional.

Ficha técnica


Motor: 1.4, 4 cil, turbo, flexível

Potência (cv): 150 a 4.500 rpm

Torque (mkgf): 25,5 a 1.500 rpm


Comprimento: 4,49 metros

Entre-eixos: 2,65 metros

Porta-malas: 521 litros


0 a 100 km/h: 8,7 segundos

Prós

Conjunto mecânico: câmbio poderia ter trocas mais rápidas, mas motor é valente e desempenho bem melhor do que outras versões do Virtus


Contra

Acabamento: plásticos rígidos já eram problema em versões mais baratas do sedã. Em modelo mais caro, plásticos simples demais ficam ainda mais evidentes.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.