As vendas de varejo de automóveis na China caíram em 92% em fevereiro, de acordo com a China Passenger Car Association (CPCA). Isso aconteceu por causa do surto de coronavírus que afetou as empresas de todo o país.
As vendas no País foram de apenas 4.909 unidades nos primeiros 16 dias do mês, contra 59.930 no mesmo período do ano anterior. Esse é o primeiro índice que demonstra como o coronavírus afetou o mercado automotivo.
É provável que o mercado de automóveis da China veja as vendas caírem mais de 10% no primeiro semestre do ano. Para a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (CAAM), a queda em todo 2020 deve ser de 5%.
O Ministério do Comércio da China disse que introduzirá mais medidas para aumentar o consumo de automóveis. Em 2019, mais de 25 milhões de veículos foram vendidos no País.
Empresas inovam para atender clientes
A montadora Geely, por exemplo, lançou um serviço para os clientes comprarem carros on-line e entregá-los diretamente em suas casas. Os consumidores podem encomendar e personalizar seus carros no site da empresa.
A Geely também oferecerá test drives a partir do endereço residencial. Outras montadoras como Tesla, BMW e Mercedes-Benz também começaram a promover produtos on-line nas últimas semanas.
A China registrou 889 novos casos confirmados de infecção por coronavírus na quinta-feira, 20. O número de mortos aumentou de 118 para 2.236, principalmente na capital da província de Hubei, Wuhan, onde o surto começou, e que permanece sob virtual bloqueio.
Coronavírus interrompe fabricação de carros na China
A propagação do coronavírus fez com que as fábricas paralisassem a produção na cidade de Wuhan. Conhecida como Detroit chinesa a cidade é o lar de grandes fábricas da General Motors, Nissan, Renault, Honda e PSA.
Além disso, há unidades das parceiras SAIC, da GM, e Dongfeng, uma das grandes acionistas da PSA. Só a unidade da GM-SAIC tem cerca de 6.000 funcionários, 10% da força de trabalho total da empresa no país.