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Modelo de conteção de coronavírus da chinesa Geely é exemplo para o mundo
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Modelo de conteção de coronavírus da chinesa Geely é exemplo para o mundo

Geely adotou medidas estritas e rápidas para conter avanço da doença e conseguiu retomar produção

Redação

20 de mar, 2020 · 3 minutos de leitura.

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Elevadores tiveram limite de pessoas reduzido e limpeza para quem apertasse botões
Crédito:Geely/Divulgação
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O plano de contingenciamento de contágio do coronavírus da Geely vem sendo apontado como referência no mundo automotivo. Assim que os primeiros casos surgiram, em janeiro, a empresa cancelou as viagens de seus funcionários. Também proibiu entrada de convidados em sua sede, na cidade de Hangzhou, na China.

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Os protocolos de restrição fizeram a Geely conseguir retomar a produção em 1º de março na fábrica chinesa. Todos os funcionários tinham a temperatura medida nos acessos por meio de câmeras termais. As máquinas de ponto foram movidas para fora dos prédios e as maçanetas dos veículos eram higienizadas enquanto os funcionários trabalhavam.

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A Geely também limitou o número de pessoas nos elevadores, bem como ofereceu lenços para limpeza das mãos de quem apertasse os botões. Novas máscaras eram entregues a cada oito horas e todos tinham as temperaturas corporais medidas duas vezes ao dia. Reuniões e conferências presenciais foram canceladas e passaram a ser feitas por meio de vídeo-conferência. E todos os trabalhadores passaram a manter a distância de um metro entre si.

Geely sem coronavírus

As medidas fizeram com que nenhum caso de coronavírus atingisse os empregados da marca. E permitiram que a produção voltasse ao normal, mesmo antes da pandemia ser controlada na própria China e no resto do mundo.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”