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BMW irá lançar X5 a célula de combustível em 2022
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BMW irá lançar X5 a célula de combustível em 2022

Protótipo do BMW X5, que está sendo desenvolvido em parceria com a Toyota, tem dois tanques de hidrogênio para gerar eletricidade

Redação

01 de abr, 2020 · 4 minutos de leitura.

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bmw x5 célula de combustível
Protótipo do BMW X5 a célula de combustível chegará inicialmente em pequena escala, por causa do preço ainda muito elevado
Crédito:BMW/Divulgação

A BMW deverá lançar em 2022 o X5 elétrico alimentado por célula de combustível.

O modelo faz parte do programa batizado pela fabricante de i Hydrogen NEXT, e está sendo desenvolvido em parceria com a Toyota.

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O protótipo do X5 utiliza dois tanques de armazenamento de hidrogênio. Em reação com o oxigênio, o sistema gera uma potência equivalente a 170 cavalos. A única emissão do veículo é vapor de água.


Os dois tanques têm capacidade para seis quilos de hidrogênio e funcionam com pressão de 700 bar. De acordo com a montadora sediada em Munique, isso é o suficiente para uma “boa autonomia” (o valor não foi informado).

A principal vantagem do hidrogênio sobre a bateria é a recarga. A BMW informa que o abastecimento completo dos tanques leva “três ou quatro minutos”. Isso significa praticamente o mesmo tempo necessário para encher o tanque de um automóvel convencional. O recarregamento completo de um carro elétrico alimentado por bateria pode levar mais de oito horas.

Bateria ajuda nas acelerações do BMW X5 a hidrogênio

Além do sistema a hidrogênio, o BMW X5 com a tecnologia i Hydrogen NEXT terá também uma bateria para auxiliar em momentos em que o motorista precise de maior potência, como em ultrapassagens, por exemplo. Em conjunto, a bateria e a célula de hidrogênio geram 374 cavalos.


Um conversor elétrico abaixo da célula de hidrogênio ajusta continuamente sua tensão ao motor e à bateria. Esta é recarregada pela energia recuperada em frenagens e pela célula de combustível.

Modelo terá produção em baixa escala

O X5 a célula de hidrogênio deverá chegar em 2022, mas em escala muito reduzida. A BMW considera que essa tecnologia ainda está longe da comercialização em larga escala. Isso porque ainda há grandes desafios a serem vencidos. A infraestrutura de abastecimento não é suficiente nem na Alemanha.



Além disso, estima-se que o preço do veículo atualmente seria pelo menos o dobro do que se cobra por um veículo elétrico com bateria equivalente. A BMW estima que veículos com essa tecnologia deverão alcançar produção em larga escala na segunda metade desta década.


O Toyota Mirai (um dos pioneiros na tecnologia de células de combustível no mundo), que é um carro de tamanho médio, custa US$ 58.500 nos Estados Unidos, pouco mais de R$ 300 mil na conversão direta. Como comparação, é mais que o dobro do preço do híbrido Prius ou do Camry, que é um sedã grande. Nos EUA, ambos custam pouco mais de US$ 24 mil (cerca de R$ 124 mil).

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.