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Montadoras criam itens de luxo inspirados em automóveis
História

Montadoras criam itens de luxo inspirados em automóveis

De carteiras de couro a itens domésticos de luxo e até um ovo Fabergé, fabricantes investem em estilo de vida para manter clientela

Igor Macário

13 de abr, 2020 · 4 minutos de leitura.

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Ovo Fabergé da Rolls-Royce pode custar muitos milhões de dólares
Crédito:Rolls-Royce/Divulgação
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Algumas fabricantes de esportivos e carros de luxo vão bem além da produção de seus automóveis para conquistar e manter seus clientes. Paralelamente à construção de carros muito especiais, as marcas tentam criar uma atmostfera em torno da experiência de ter um veículo, com direito a linhas de roupas, relógios de luxo e até utensílios domésticos de alto padrão.

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É o caso da Porsche, que mantém uma llinha completa de itens que vão de bonés e canecas a relógios que beiram os R$ 5 mil. Entre os itens mais excêntricos, a marca vende uma cadeira de escritório por US$ 5.690, quase R$ 30 mil em conversão direta. A cadeira usa o banco de um Porsche 911 e tem até alguns comandos elétricos, como o encosto.

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A Bentley também tem uma longa linha de acessórios de luxo. Há óculos escuro, prendedores de gravata, carteiras e canetas. Muitos com preços acima dos R$ 6 mil. Na linha de itens de casa, há copos com vidro de Murano, em Veneza, na Itália, que podem superar os R$ 10 mil a unidade. Entre os artigos mais caros há miniaturas do Bentley Continental GT pelo equivalente a R$ 45 mil.


Luxo no pulso

No entanto, se todos esses itens parecerem baratos, ou simples demais para os mais exigentes, é possível comprar um relógio inspirado no Bugatti Chiron por cerca de R$ 1,5 milhão. A peça foi criada pela relojoaria Jacob & Co. e traz uma pequena réplica do W16 do superesportivo. O Bugatti Chiron Tourbillion tem direito a 16 pequenos pistões que se movem ligados a um pequeno virabrequim. O mecanismo se mexe ao toque de um botão e é a corda. Podendo ser movimentado cerca de 20 vezes. Segundo a fabricante, os pistões estão entre as menores e mais complexas partes de relógio já fabricadas.

Fabergé

Já a Rolls-Royce foi ainda mais além e encomendou nada menos que um ovo Fabergé à House of Fabergé forrado de jóias e metais preciosos. O ovo da Rolls-Royce tem uma pequena réplica da coroa imperial com direito a um pingente de rubi. A base é feita a mão de ouro branco de 18 quilates. Há ainda braços de ouro rosa, que criam o formato do ovo e podem ser abertos para revelar uma Spirit of Ecstasy, símbolo da marca, feita de cristal.


Há cerca de 57 outros ovos Fabergé ainda existentes no mundo, de um total de 69 criados. A história dos ovos remonta ao século 19 na Rússia. Foi quando o imperador Alexandre III encomendou a primeira peça à joalheria House of Fabergé, de São Petesburgo. O último ovo a ser vendido em 2014 foi arrematado num leilão por US$ 33 milhões.

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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”