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Bugatti começa a entregar o supercarro Divo de R$ 30 milhões
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Bugatti começa a entregar o supercarro Divo de R$ 30 milhões

Modelo é versão mais leve e ágil do Chiron e teve chassi e aerodinâmica retrabalhados. Divo mantém motor W16 de 1.500 cv

Redação

24 de abr, 2020 · 3 minutos de leitura.

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Visual foi refeito para melhorar aerodinâmica
Crédito:Bugatti/Divulgação
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A Bugatti inciou as entregas das primeiras unidades do Divo, a versão ainda mais poderosa do Chiron. O modelo foi apresentado em 2018 como conceito e a criação foi a pedido dos próprios clientes da marca. Segundo a Bugatti, alguns compradores demonstraram interesse por um modelo mais ágil e melhor nas curvas.

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O visual, feito sobre o Chiron, levou alguns meses para ficar pronto e foi prontamente aprovado. O primeiro protótipo funcional saiu às ruas apenas um ano depois do início do projeto. O modelo foi testado por cerca de 5 mil quilômetros e a velocidades de até 380 km/h. Os engenheiros trabalharam para afinar o acerto de suspensão e do chassi do Divo.

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O modelo ficou 35 kg mais leve que o Chiron original, graças a rodas mais leves. A cobertura do intercooler é de fibra de carbono e o sistema de som também ficou mais leve. O Divo também tem menos isolamento acústivo e menos porta-objetos na cabine.

A nova aerodinâmica também foi trabalhada para entregar 90 kg a mais de downforce no Divo. Isso faz o superesportivo ficar ainda mais plantado no chão em velocidades elevadas.


Divo mantém os 1.500 cv

O motor W16 de 8,0 litros e quatro turbos se manteve inalterado. Ele entrega 1.500 cv e permite ao modelo uma velocidade máxima de 380 km/h limitados eletronicamente.

Foram 40 unidades produzidas, todas já vendidas desde o início do projeto. Segundo o CEO da Bugatti, Stephan Winkelmann, “o Divo tem desenho e performance bem diferentes do Chiron”. O executivo exalta as qualidades do modelo e relembra a tradição de “encarroçadora” de luxo da Bugatti dos anos passados.

Cada unidade foi vendida por 5 milhões de euros, cercad de R$ 30 milhões em conversão direta.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”