A Fiat sempre teve uma história de peruas no Brasil: Panorama, Elba, Tempra SW e Palio Weekend, a mais bem sucedidas de todas. Mas aparentemente, agora com a onda dos SUVs, a empresa resolveu cair fora do segmento também. Ainda assim, o designer Renato Aspromonte, do Overboost BR, fez uma projeção de como seria uma perua inspirada na plataforma de Cronos e Argo. Ele também a batizou: Athena.
O motivo para a escolha do nome é lógico. Argo e Cronos também são nomes associados à mitologia grega. Argo é uma embarcação que foi criada com a ajuda da deusa Atena, enquanto Cronos é a divindade do tempo. Athena era a deusa da sabedoria. E em termos de praticidade, nada mais sábio que uma perua, que ainda permite ter uma dirigibilidade mais próxima a de um sedã do que os SUVs.
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Em termos de design, a escolha de Aspromonte seria por atualizar a Athena já com a linguagem nova da Fiat. Ela adotaria o novo logotipo da marca, presente na picape Strada. A inspiração dos faróis também é diferente e ele apostou no estilo do Tipo, hatch médio europeu, que deixou a dianteira mais agressiva.
Atrás, a ideia veio do Cronos, tanto nas lanternas como nas linhas gerais da tampa do porta-malas, que são harmoniosas, e do para-choque. Olhando de lado, a caída de teto pronunciada na coluna C dá um estilo de shooting brake à perua, o que confere um estilo mais esportivo para as linhas, mas sem forçar perda de espaço das bagagens. O entre-eixos seria o mesmo do sedã também: 2,52 metros.
Na projeção, ele apostou em um visual todo escurecido que poderia ser uma versão “esportiva” da perua. A ausência de cromados acentua a esportividade que as peruas já têm naturalmente. Aqui, Aspromonte, optou por grade, rodas, rack de teto, maçanetas e logotipos escurecidos.
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Inscreva-seFiat Athena: quais seriam os motores e câmbios?
Fugindo da parte estética, dá para pensar no que equiparia o modelo em termos de mecânica. Atualmente, Argo e Cronos tem à disposição os motores 1.0, 1.3 e 1.8. Mas pensando mais adiante e nos anúncios já feitos pela Fiat, dá para crer que a Athena seria equipada apenas com 1.3 aspirado e o 1.0 turbo.
Para as opções mais básicas a variante 1.3 aspirada de até 109 cv e câmbio manual de cinco marchas, já para as de topo, o 1.0 turbo, que começa a ser produzido aqui no final deste ano. Na Europa, esse motor rende até 120 cv com gasolina. Aqui, ele será ofertado com câmbio automático CVT.
A base do 1.0 é o mesmo do Argo 1.0, mas com uma série de novidades. Entre as mudanças adotadas, ele passou a ser 12 válvulas. Outra novidade é a adoção do sistema MultiAir, de comando individual de abertura e fechamento das válvulas. Há ainda injeção direta de combustível e coletor de exaustão integrado ao cabeçote. Na prática, tudo isso reduz o tempo de aquecimento dos motores, atingindo o funcionamento ideal mais rapidamente, mitigando a emissão de gases e o melhorando o consumo.