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Elon Musk diz que modelos da Tesla não são acessíveis o suficiente
Mercado

Elon Musk diz que modelos da Tesla não são acessíveis o suficiente

Elon Musk admitiu que os carros da Tesla são muito caros e sugere que a montadora elétrica poderá lançar um novo modelo pequeno e básico

Redação

27 de jul, 2020 · 3 minutos de leitura.

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Ao todo, plano cobrirá 2.000 estabelecimentos
Crédito:Tesla/Divulgação

Em conversa com analistas e investidores em uma ligação telefônica relacionada ao desempenho da Tesla no segundo trimestre de 2020, o dono da empresa, Elon Musk disse que o alto preço dos carros é algo que precisa ser corrigido.

“É importante tornar o carro acessível. Acho que não teremos sucesso em nossa missão se não fizermos carros acessíveis ”, disse Musk. “O que mais me incomoda sobre onde estamos agora é o preço de nossos carros. Precisamos consertar isso”.

O Modelo 3, carro mais barato da Tesla, tem preço a partir de US$ 37.990 nos Estados Unidos. E, embora esse seja um preço razoável para o tipo, desempenho e tecnologia do modelo, é bem mais do que muitos compradores estão dispostos a gastar em um carro novo.

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Musk também foi questionado sobre um potencial novo Tesla com um preço mais baixo. O executivo não nenhum detalhe, mas indicou que esse veículo é provável. “Não pense que podemos comentar nosso roteiro detalhado de produtos além do anunciado, porque acho que queremos reservar isso para lançamentos de produtos. Mas seria razoável supor que faríamos um veículo compacto e provavelmente um veículo de maior capacidade”.

Há um longo caminho ainda com os novos modelos

Musk continuou sua explicação de mercado: “essas são coisas prováveis ​​em algum momento. Mas acho que há um longo caminho a percorrer com 3 e Y e com Cybertruck (picape) e Semi (caminhão). Portanto, é um longo caminho a percorrer com eles. Acho que faremos as coisas óbvias”.

Esta não é a primeira vez que um novo EV de nível básico da marca é citado por Musk. De fato, foi somente em junho que a Tesla lançou um concurso de design na China para um novo modelo. Embora não seja confirmado, alega-se que este veículo será um carro pequeno projetado para encaixar abaixo do Modelo 3.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”