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Nissan encerra produção do compacto March no Brasil
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Nissan encerra produção do compacto March no Brasil

Envelhecido e com poucas vendas, hatch abrirá espaço para um novo SUV na fábrica de Resende (RJ)

Diogo de Oliveira, special para o Estado

31 de ago, 2020 · 4 minutos de leitura.

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MARCH DARÁ ESPAÇO PARA O MAGNITE NA LINHA DE PRODUÇÃO
Crédito:NISSAN

A Nissan confirmou que irá encerrar a produção do compacto March na fábrica de Resende (RJ) a partir de setembro. A montadora anunciou a decisão “como parte natural do ciclo de vida do produto e (também) de adequação de sua capacidade de produção à realidade do mercado”. Fator que reforçou o fim do hatch foi a pandemia do novo coronavírus.

O March registrou entre janeiro e julho de 2020 o seu pior desempenho em vendas desde a estreia no fim de 2011. Apenas 2,2 mil unidades foram emplacadas no período. O volume é mais de 11 vezes menor que as 25 mil unidades entregues entre janeiro e julho de 2012; melhor ano comercial do hatch.



Inicialmente importado do México, o hatch da marca japonesa foi nacionalizado três anos depois. Ele sai de linha após seis anos de mercado e não terá um sucessor. Por enquanto, a fábrica sul-fluminense se dedicará à produção do Kicks, campeão de vendas da marca no país, e do V-Drive, a versão antiga/atual do Versa.

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Adeus ao March, foco nos SUVs

Com a saída do hatch compacto, a Nissan planeja focar na produção de SUVs. Um dos modelos cotados para chegar ao Brasil é o Magnite, utilitário menor que o Kicks e feito sobre a mesma base do Renault Kwid.

O modelo, porém, ainda está em fase conceitual e deve demorar um pouco a estrear. Antes do “mini Kicks”, a montadora japonesa lançará em nosso mercado a nova geração do sedã Versa, que virá importada do México, e a reestilização do Kicks, que deverá ter como principal novidade uma inédita versão híbrida a etanol, batizada de e-Power.


A versão ecológica do Kicks já foi apresentada na Tailândia. O modelo traz um motor 1.2 a gasolina de três cilindros e 129 cv de potência, que atua como gerador para as baterias de íons de lítio. Estas alimentam o motor elétrico responsável por mover o SUV. A tecnologia foi desenvolvida no Brasil e no Japão, com base no protótipo SOFC.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.