Você está lendo...
Preço da gasolina varia até 38% conforme o bairro de SP
Mercado

Preço da gasolina varia até 38% conforme o bairro de SP

Em São Paulo, o preço médio da gasolina comum variou de R$ 3,64 e R$ 5,02 em agosto. Em um Hyundai HB20, com tanque tem 50 litros, são R$ 69 de diferença

Redação

04 de set, 2020 · 4 minutos de leitura.

Publicidade

Combustível
Preço da gasolina e do etanol voltará a subir no próximo sábado (1º de julho) nas bombas dos postos de combustíveis de todo o País
Crédito:Vivi Zanatta/Estadão

São Paulo tem disparidades por todos os lados. Classes sociais, costumes, sotaques e até o preço da gasolina comum estão longe de ser lineares. Dependendo do bairro, o preço médio do litro do combustível variou de R$ 3,64 a R$ 5,02 em agosto. A diferença entre o maior e o menor valor foi de 37,91% (ou R$ 1,38). Em um tanque como o do Hyundai HB20, que tem 50 litros, são R$ 69 de diferença. Os dados foram divulgados pela ValeCard.

A capital paulista registrou, no mês passado, preço médio da gasolina comum de R$ 4,134. Segundo o levantamento da empresa da área de gestão e manutenção de frotas, o preço do litro do combustível varia muito conforme o bairro. Os postos que praticavam os preços mais altos ficam na Vila Santa Catarina (Centro-Sul, R$ 5,027), Vila Santa Maria (Zona Norte, R$ 5) e Vila Ré (Zona Leste, R$ 4,99).

Os valores mais baixos eram cobrados na Aclimação (Centro, R$ 3,649), Água Branca (Zona Oeste, R$ 3,722) e Água Fria (Zona Norte, R$ 3,764). Na comparação entre os Estados da região Sudeste, São Paulo apresentou o preço médio mais baixo na região Sudeste (R$ 4.134). O consumidor pagou mais caro pela gasolina comum vendida no Rio de Janeiro, cujo preço médio era de R$ 4,831.

Publicidade


Gasolina no Brasil

Após a retomada de diversas atividades econômicas no País, com o relaxamento da quarentena, os veículos voltaram a circular e, consequentemente, a gasolina aumentou. A alta acumula 11,41% em três meses. O preço médio foi de R$ 4,468, em agosto.

O levantamento aponta que, no País, houve aumento de 2,74% no preço médio da gasolina comum, em agosto, na comparação com julho. Foi a terceira elevação consecutiva. O valor, que registrava queda desde janeiro, já havia subido em junho e julho.

A maior elevação foi registrada em Goiás (5,67%). Preço em agosto, R$ 4,453. Em julho, era de R$ 4,214. Já o Estado do Amazonas registrou a menor variação no período, subindo 0,69%.


A pesquisa realizada entre os dias 1 e 31 de agosto abrangeu 20 mil estabelecimentos espalhados pelo Brasil. Os dados mostram que Rio Branco (AC), Belém (PA) e Rio de Janeiro (RJ) registraram os preços mais altos entre as capitais. Respectivamente, os valores praticados foram: R$ 4,922, R$ 4,836 e R$ 4,815

Na outra ponta, apesar de não haver preço abaixo dos R$ 4, teve quem chegasse perto. Em Curitiba (PR), o valor médio foi de R$ 4,04. Vitória (ES), a segunda mais barata cobrou média de R$ 4,102. Em Manaus (AM), a gasolina comum foi encontrada a R$ 4,119 no mês passado.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”