Além de lançar o e-tron Sportback, a Audi atualizou o Q7. Na linha 2021, o único modelo com sete lugares da marca ganhou cara nova e mais recheio. A versão “básica” 3.0 TFSI custa R$ 414.990. Já o modelo topo de linha S line não sai por menos de R$ 459.990. Ambas já estão disponíveis na modalidade venda direta e chegam nas próximas semanas.
As principais novidades da versão 2021 são percebidas logo de cara. As linhas foram atualizadas e, agora, apresentam o design da família Q. Destaque para a grade frontal com oito lados. Atrás, perdeu aquele aspecto quadradão. As novas lanternas são ligadas por uma faixa cromada. Tudo é iluminado por meio de LEDs.
Para conhecer a novidade de perto, a Audi convidou o Jornal do Carro para um formato diferente de test-drive. Agora, ao invés de grandes convenções de imprensa, com dezenas (ou centenas) de jornalistas, a regra é: chegar até o local, sem a necessidade de voo, ouvir uma breve explicação sobre o carro e sair dirigindo em roteiro livre.
Foi o que fizemos a bordo do Q7. A tecla Start/Stop localizada no console central é a responsável por despertar o motorzão 3.0 TFSI, agora, com 340 cv de potência. Antes, 333 cv. O torque de 51 mkgf é disponível já a partir dos 1.370 giros. Nada de opção a diesel por estratégia da Audi. Na prática, mesmo com tamanha volúpia, a linearidade de condução marca o Q7. O casamento entre o motor e o câmbio automático Tiptronic de oito marchas parece perfeito. A mecânica é a mesma do Q8.
Assistência elétrica
Capaz de levar o grandalhão (são quase 2.300 quilos e mais de 5 metros de comprimento) aos 100 km/h em 5,9 segundos, o propulsor tem ainda uma nova tecnologia. O sistema é composto por uma bateria de íons de lítio e um alternador de correia em um sistema elétrico primário de 48 volts. A Audi afirma que não se trata de um carro híbrido. A proposta, aqui, é ajudar na eficiência.
Agora apenas com sete lugares (não há mais opção de cinco assentos), o novo Q7 pode se deslocar em velocidades entre 55 e 160 km/h com o motor desligado. Na sequência, o alternador de correia, se necessário entra com o motor V6. Mas não é possível perceber. Para acompanhar os passos do procedimento é preciso prestar atenção no painel.
No mais, tem a tradicional tração integral quattro e os sete modos de condução do Audi Drive Select. Dynamic, Comfort, Efficiency, Auto, Individual, Allroad e Off-road, todos eles mexem em características do modelo, deixando-o mais esperto, mais disposto em trechos fora de estrada, ou também mais econômico.
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Do lado de dentro, começaremos falando de trás para frente. O porta-malas tem abertura elétrica e sistema hand-free. É aquele que basta passar o pé sob o para-choque para que a tampa se abra. E para ajudar um pouquinho mais na entrada de carga, a suspensão pneumática pode baixar o carro em alguns milímetros, ao simples toque de um botão.
Com sete lugares, a capacidade do porta-malas é de 259 litros, apenas. Vai até 1925 litros com todas as fileiras de bancos rebatidas. Na hora de acessar a última fileira – que não é apertada, diga-se – nada de dificuldade para retrair os assentos. Tudo simples e intuitivo.
Ao longo dos 2,99 metros de entre-eixos do Q7, um luxo só, com acabamento em materiais requintados como black piano e couro. A coluna B tem até saídas de ar-condicionado para refrescar o pessoal que viaja atrás. Mas o ruído da saída de ar pode incomodar.
Na parte da frente, além de comandos automáticos por todos os lados, tem duas telas sensíveis ao toque. A de cima, com 10,1″ controla as funções de entretenimento e navegação. Finalmente, aquele botão giratório pouquíssimo funcional deu lugar à comandos sensíveis ao toque. A tela de baixo, com 8,6 polegadas, permite manuseio do ar-condicionado e outras funções. Atrás do volante, o painel de instrumentos é virtual. A tela tem 12,3 polegadas e dois modos de visualização.
O que tem na lista do Audi Q7?
A lista de itens de série do Q7 inova ao trazer carregamento de celular wireless. Mas serve apenas para iPhone. Faróis com LEDs, iluminação ambiente na cabine e seis air bags (frontais, laterais e de cortina que se estendem até a terceira fileira de bancos) estão entre os equipamentos. Indicador de pressão dos pneus e câmera de ré também seguem.
Mas para ter um Q7 totalmente completo na garagem prepare o bolso. Só o pacote S line, que oferece soluções como bancos dianteiros esportivos em couro Valcona, aço inoxidável nos pedais e descanso de pé, inscrição S line acima da caixa de rodas, entre outros mimos, o interessado deve desembolsar nada menos que R$ 40 mil. É mais caro colocar um pacote de opcionais num Q7 do que comprar um Renault Kwid, que parte de R$ 37.490.
FICHA TÉCNICA – AUDI Q7 S LINE
PREÇO: R$ 459.990
MOTOR: 3.0 V6 TFSI
POTÊNCIA (CV): 340 DE 5.000 RPM A 6.400 RPM
TORQUE (MKGF): 50,9 DE 1.370 RPM A 4.500 RPM
CÂMBIO: AUTOMÁTICO, 8M.
COMPRIMENTO: 5,06 METROS
ENTRE-EIXOS: 2,99 METROS
PORTA-MALAS: 259 a 1952 LITROS
0 a 100 KM/H: 5,9 SEGUNDOS
VELOCIDADE MÁXIMA: 250 KM/H
PRÓS E CONTRAS
PRÓS: TELA
Central multimídia com tela touch screen deixou a vida a bordo mais fácil no Q7 ao abandonar botão giratório.
CONTRAS: OPCIONAIS
Preços de opcionais beiram o absurdo e podem ultrapassar os R$ 100 mil, sem contar acessórios.