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Toyota Etios 2021 perde motor 1.3 e passa a ter versão única
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Toyota Etios 2021 perde motor 1.3 e passa a ter versão única

Compacto agora é vendido só com motor 1.5 flex e na configuração X Plus a partir de R$ 63.590

Diogo de Oliveira, special para o Estado

07 de out, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Etios
Toyota Etios
Crédito:Toyota/Divulgação

Dois meses após ganhar a linha 2021, o Toyota Etios passa por mais uma mudança. Tanto o hatch quanto o sedã deixam de oferecer a opção do motor 1.3 flex. Ele agregava bom custo/benefício e preços mais competitivos. Ambos passam a ser vendidos exclusivamente, agora, na versão X Plus com motor 1.5 flex e câmbio manual ou automático. O hatch começa em R$ 63.590 e o sedã parte de R$ 66.790.

A mudança faz crescer os rumores de que a linha Etios está próxima do fim de produção. A Toyota vai lançar o seu primeiro SUV nacional no início de 2021. Revelado há poucos meses na Tailândia, o inédito Corolla Cross é o provável escolhido da montadora japonesa para ganhar produção em Sorocaba. E a sua chegada deverá promover a aposentadoria do hatch e do sedã.

Lançado no fim de 2012, o Etios inaugurou a fábrica de Sorocaba, no interior paulista. E cumpriu muito bem o seu papel como opção de entrada da Toyota. Em 2017, vendeu mais de 73 mil unidades somando as carrocerias hatch e sedã. Porém, em 2018 o compacto perdeu o protagonismo para a linha Yaris, que veio para ser opção mais sofisticada, embora ambos compartilhem plataforma.

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Sem o apelo de preços, o Etios deve se despedir de forma discreta nas vendas. Até setembro, o modelo somou pouco mais de 11,5 mil emplacamentos, menos da metade do que vendeu o Yaris, com 24,3 mil unidades — os dois casos somando as versões hatch e sedã. Com o motor 1.3 flex de 98 cv e 13,1 mkgf (com etanol), o Etios hatch partia de R$ 55.390 e era R$ 8 mil mais barato.

Como produto, o Etios vive atualmente a sua melhor fase, embora o design tenha sido pouco alterado nesses oito anos de vendas. As várias mudanças feitas especialmente na cabine deixaram o compacto simpático e até moderno. A última novidade veio neste ano: a nova central multimídia Toyota Play+, com tela sensível ao toque de 7 polegadas compatível com as interfaces Android Auto e Apple CarPlay.

A mecânica agora passa a ter somente o 1.5 litro flexível de quatro cilindros, que tem desempenho honesto e preza pela economia de combustível. Com comando variável nas válvulas de admissão e de escape, o motor oferece até 107 cv de potência e 14,7 mkgf de torque com etanol. O câmbio manual tem seis marchas, enquanto o automático ainda é a transmissão de quatro velocidades.


Vem aí o SUV da Toyota

A fábrica de Sorocaba já se prepara para receber o aguardado SUV da marca. Em 2019, a Toyota anunciou investimento de R$ 1 bilhão na unidade para montar seu utilitário esportivo sobre a mesma plataforma (GA-C) do sedã Corolla, que é fabricado a poucos quilômetros dali, em Indaiatuba. O Corolla Cross tem lançamento esperado para o início de 2021 e deve ser anunciado em breve pela montadora.

Tabela de preços – Toyota Etios 2021

Toyota Etios X Plus 1.5 MT6 — R$ 63.590


Toyota Etios X Plus 1.5 AT4 — R$ 69.290

Toyota Etios Sedã X Plus 1.5 MT6 — R$ 66.790

Toyota Etios Sedã X Plus 1.5 AT4 — R$ 72.690


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”