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Peugeot 208 ganha versões com câmbio manual mais baratas que o coloca no preço que ele sempre deveria ter tido
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Peugeot 208 ganha versões com câmbio manual mais baratas que o coloca no preço que ele sempre deveria ter tido

Configurações Like e Like Pack do 208 têm câmbio manual de cinco marchas e lista enxuta de equipamentos; preços partem de R$ 65.990

Vagner Aquino

06 de nov, 2020 · 4 minutos de leitura.

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carro popular Peugeot 208 Like
Peugeot 208 vem com ar-condicionado e vidros elétricos dianteiros, mas perdeu multimídia e faróis de LEDs
Crédito:Peugeot/Divulgação
208

Lançado em setembro, o Peugeot 208 tinha tudo para dar certo. Entretanto, qualidades como o belo visual e o bom conteúdo de série não foram suficientes para fazer o carro decolar em vendas. Disposta a tentar reverter essa situação, a marca francesa optou por excluir diversos equipamentos da lista e, assim, baratear o modelo em R$ 12 mil. Isso, simultaneamente, o coloca na faixa de preço que deveria ter sido praticada desde o início.

A cartada da Peugeot foi, em síntese, incluir as duas novas versões de entrada Like e Like Pack. O trunfo é que ambas são ofertadas com câmbio manual de cinco marchas. O motor é o 1.6 16V de até 118 cv de potência. O torque continua em 15,5 mkgf.

208
Peugeot/Divulgação

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Na versão Like, o hatch importado da Argentina custa R$ 65.990. O modelo, porém, atende prioritariamente a empresas e frotistas. A lista de equipamentos é bastante enxuta. Saem de cena, por exemplo, a central multimídia e o teto solar panorâmico. Tem, entre os itens, rodas de 15″ cobertas por calotas, ar-condicionado digital e vidros dianteiros com comando elétrico.

208 Like Pack

Já a configuração Like Pack, que não sai por menos de R$ 69.990, é bem competitiva em termos de mercado. Tem air bags frontais e laterais, controle de estabilidade e tração, comando elétrico também para os vidros traseiros, travas e retrovisores, central multimídia com espelhamento Apple CarPlay e Android Auto e volante multifuncional com ajuste de altura e profundidade. A direção tem assistência elétrica.

208
Peugeot/Divulgação

As quatro versões com câmbio automático de seis marchas continuam no portfólio. Preços partem de R$ 77.990 (Active) e, contudo, chegam aos R$ 95.990, na topo de linha, Griffe.

Programas voltados aos clientes

Assim como as configurações preexistentes, os novatos estão inclusos no programa Peugeot Just Drive It. Trata-se de uma linha especial de venda para carros de passeio da marca cujas parcelas partem de R$ 590. No pacote, podem ser incluídos serviços como revisões, despachante, seguro e acessórios. O programa Total Care, que dá a possibilidade de devolução do produto caso haja insatisfação, também está disponível para o 208 Like e 208 Like Pack.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”