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Movida inclui carro elétrico para aluguel
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Movida inclui carro elétrico para aluguel

Parceria com a Nissan possibilita à Movida ser a única locadora a disponibilizar o hatch Leaf na frota; contratos podem ser feitos por pessoas físicas e empresas

Vagner Aquino

06 de nov, 2020 · 6 minutos de leitura.

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Projeto de Lei quer popularizar aluguel de carros com linha de crédito
Crédito:Movida/Divulgação
Movida

A partir da segunda quinzena de novembro, o Nissan Leaf estará disponível para aluguel eventual e de longo prazo na frota da Movida. A iniciativa, voltada a clientes corporativos e pessoas jurídicas objetiva ampliar a mobilidade elétrica no País e, ainda, reduzir as emissões de poluentes.

De acordo com Renato Franklin, CEO da Movida, a princípio, serão ofertadas 50 unidades do Leaf nas “principais praças do Brasil (leia-se as capitais de Rio de Janeiro e São Paulo)“. “E este volume é só o início. Acreditamos que, ao estimular a demanda, também contribuiremos para fomentar esse mercado (de carros elétricos), desmistificando o uso, diminuindo custos e melhorando a rede de carregamento”.

Essas são algumas das vantagens do aluguel de modelos elétricos, segundo a empresa. Afinal, é necessário que o cliente brasileiro possa experimentar o carro elétrico em situações além de um simples test-drive.

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Para Fernando Trujillo, consultor da IHS Markit, o acordo exclusivo entre a Movida e a Nissan, atende a uma parcela de pessoas preocupadas com o meio ambiente e que, no entanto, passam a ter a oportunidade de usar um veículo com zero emissões por um determinado período sem, necessariamente, ter que desembolsar mais de R$ 200 mil na compra do modelo.

“Para a Movida, ser a única locadora do País a contar com o Leaf na frota é uma boa jogada de marketing. Assim, evidencia seu posicionamento em relação ao futuro. É um nicho de mercado que a coloca como uma empresa sustentável, capaz de atrair entusiastas e curiosos por novos modelos, principalmente, elétricos”, argumenta Trujillo.

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Vantagens extras

Com a ação, a Nissan reforça, acima de tudo, que seu projeto de eletrificação no Brasil vai além de comercializar o Leaf. Para a fabricante, a ideia é desenvolver a cultura da mobilidade elétrica no País por meio de ações e projetos que incentivem o uso desse tipo de veículo. O apoio a estudos, igualmente, é uma das bandeiras levantadas pela fabricante.

“Esta parceria marca um novo passo em nosso projeto de eletrificação no Brasil. Em 2012, inauguramos uma frota experimental de táxis no Rio de Janeiro e em São Paulo. No ano passado, bem como, iniciamos a comercialização da nova geração do Leaf por no País”, relembra Marco Silva, presidente da Nissan do Brasil.

O Nissan Leaf

Adquirido pela Movida com exclusividade até 2021, o Leaf é o primeiro veículo zero emissão 100% elétrico comercializado em massa no mundo. No mercado desde 2010, o hatch já soma, portanto, mais de 500 mil unidades produzidas. É vendido em 50 países.


O hatch elétrico gera 149 cv (110 kW) de potência máxima e autonomia de 389 quilômetros. Como tecnologia, destaque para o e-Pedal, que acelera, desacelera e para o carro apenas com o uso do pedal do acelerador. O sistema, porém, pode ser desabilitado. Lançado por aqui em 2019 e, hoje, custando R$ 209.990, o Leaf chega aos 100 km/h em 7,9 segundos. A velocidade máxima é de 144 km/h.

Outras ações da Movida no Brasil

Além de disponibilizar o aluguel do Leaf, a Movida vem investindo em soluções de mobilidade elétrica há mais de quatro anos. Entre as ações, em síntese, está a implantação do tuk tuk elétrico em Vitória (ES), no começo deste ano. Em 2017, a empresa começou a disponibilizar trikkes elétricos na orla do Rio de Janeiro (RJ).

“A redução da emissão de carbono é um dos nossos principais compromissos. Seremos uma empresa carbono neutro até 2030 e carbono positivo até 2040. A chegada do carro elétrico, com certeza, é uma importante etapa nesta direção”, conclui o executivo.


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”