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Eleição dos EUA: Ford e GM parabenizam Biden pela vitória
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Eleição dos EUA: Ford e GM parabenizam Biden pela vitória

CEO da VW afirmou que pautas do democrata se alinham com a da montadora; Biden declarou que pretende investir em carros elétricos após eleição

Emily Nery, para o Jornal do Carro

10 de nov, 2020 · 5 minutos de leitura.

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Biden Kamala
Após a vitória da chapa democrata de Joe Biden e Kamala Harris, algumas montadoras foram parabenizar o futuro governo
Crédito:Erin Schaff/The New York Times

Após as projeções da eleição apontarem Joe Biden como o 46º presidente dos EUA, a Ford e a GM se posicionaram para parabenizar o democrata. Anteriormente, o CEO da Volkswagen também já havia afirmado que o novo líder poderia melhor se alinhar com as estratégias de eletrificação da fabricante.

Assim que as agências de notícia confirmaram a eleição de Biden, o repórter da Reuters David Shepardson publicou postagens da Ford e da GM parabenizando o vencedor.

A Ford escreveu que espera “unir nosso País e seguir políticas que encorajem a produção e a sustentabilidade dos Estados Unidos”, bem como a levar “estabilidade à economia global”.

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Em nota, a General Motors afirma: “estamos ansiosos para trabalhar na nova administração e com a entrada das novas políticas no Congresso que irão apoiar nossos clientes, concessionários e empregados, que ajudem a fortalecer nossa presença nos EUA e que avance nossa visão de um futuro todo elétrico de zero emissões”.


Não é novidade o declínio da cidade de Detroit. Há mais de 40 anos a cidade berço da indústria automotiva norte americana sofre do êxodo de fabricantes. A grave crise econômica de 2008 também foi culminante para o município pedir falência. Hoje, a GM reativou sua planta na cidade e a está desenvolvendo amplamente para construção somente de carros elétricos. Detroit, inclusive, está localizada no Michigan, um dos estados chave para eleição de Biden.

CEO da VW acredita que vitória de Biden será benéfica ao grupo

Em entrevista a Bloomberg na última quinta-feira, o CEO da Volkswagen, Herbert Diess, declarou que uma vitória do ex-vice presidente estaria de acordo com os objetivos a montadora. “Um programa democrata estaria mais alinhado com nossa estratégia mundial de combate à mudança climática para se tornar elétrico”, alegou.

A Volkswagen inaugurou uma fábrica para produção de carros elétricos no estado norte-americano do Tennessee. Ela também está construindo uma fábrica anexa para montagem de baterias elétricas. É nesta planta onde o novíssimo SUV elétrico I.D 4 é fabricado.


Futuro presidente quer desenvolver frota elétrica nos EUA

Joe Biden fala abertamente que irá apoiar a indústria automotiva a fim de focarem integralmente na produção de veículos elétricos. Além disso, ele já afirmou que quer ampliar de forma massiva os postos de carregamento para carros elétricos. Seu plano de governo promete investimento de US$ 400 bilhões em energia limpa e renovável.

Na noite de quarta-feira (4), o democrata já havia anunciado que os EUA voltariam ao Acordo de Paris, tratado que firma medidas de redução de emissão de gases poluentes a partir de 2020. O acordo foi assinado no governo de Barack Obama em 2015, mas o presidente Donald Trump retirou o País do pacto.   


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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”