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Porsche mostra van elétrica baseada na Kombi
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Porsche mostra van elétrica baseada na Kombi

Calma, não se preocupe, o Porsche Vision Renndienst é apenas um conceito mantido em segredo desde 2018

Redação

12 de nov, 2020 · 5 minutos de leitura.

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porsche vision
O protótipo Porsche Vision Renndienst é apenas um entre 15 veículos concentuais da marca que nunca haviam sido exibidos
Crédito:Porsche/Divulgação
porsche vision

Às vezes, há coisas que você não sabia que gostaria de ter, até você vê-la. Pois provavelmente aqui está uma delas. Embora a ideia de uma van da Porsche possa parecer algo inconcebível, o protótipo Vision Renndienst é no mínimo interessante.

Criada em 2018 e nunca revelada, a Vision Renndienst é uma espécie de “van espacial” que teve as linhas inspiradas sabem onde? Na velha Volkswagen Kombi, mais especificamente em uma unidade que a Porsche utilizava décadas atrás.

porsche vision
Porsche/Divulgação

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Mas é claro que nas mãos da Porsche nossa velha senhora mudou radicalmente. Em vez do formato de tijolo, as linhas da Vision são aerodinâmicas, sem cantos vivos. Além disso, vista de lado ela ostenta saias laterais nunca antes na história da Alemanha utilizadas em uma van. No entanto, pode-se dizer que o vermelho da carroceria é exatamente o mesmo. Da mesma forma, ambas têm quatro rodas.

Os faróis são formados por quatro pontos minúsculos. E os mais atentos vão notar que essa característica de iluminação está sendo empregada pela fabricante em seus carros atuais. Todos têm faróis de LEDs formados por quatro pontos de luz.

Porsche Vision tem motor elétrico

A frente fechada denota a motorização elétrica, que não precisa de ventilação. Mas nisso ela apenas se iguala à Kombi, que não tinha motor a eletricidade, mas igualmente não precisava de ventilação frontal. A dianteira, porém, é bem inclinada. Essa característica provavelmente salvaria o motorista no caso de uma colisão frontal mais severa. No caso da Kombi…


Os designers também optaram por belas rodas de liga leve de cinco raios e forma de treliça. Ainda que você não tenha se convencido de que precisa dessa van, duvidamos que não queira rodas assim em seu carro, seja ele qual for.

porsche vision
Porsche/Divulgação

A traseira é caracterizada por uma estreita lanterna que vai de lado a lado. Essa, aliás, é mais uma antecipação do que viria a ser uma tendência na Porsche e em outras marcas.


Interior acomoda cinco pessoas

A Porsche não revelou imagens da cabine. Como demorou dois anos para mostrar as fotos do exterior, quem sabe o interior apareça em 2022. Mas o banco do motorista da Vision Renndienst fica em posição central, e o restante é modular. Isso significa que os assentos podem ser rearranjados. São cinco lugares.

Como a van é elétrica e todo o sistema de baterias fica sob o assoalho, a fabricante informa que os passageiros dispõem de muito espaço.



Embora o projeto da van tenha sido aparentemente uma “viagem” da Porsche, a empresa afirma que ele traz o “DNA” da fabricante, mesmo sendo um automóvel de um segmento no qual a marca não atua. Nós até acrescentaríamos um “ainda não atua”, se o mundo não pertencesse aos SUVs, esses predadores de vans.


O Vision Renndienst é apenas um de 15 veículos criados entre 2005 e 2019 pela Porsche, mas que foram “guardados a sete chaves” – como se dizia no tempo da Kombi. Agora, eles foram revelados no livro Porsche Unseen (Porsche não visto).

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”