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Jaguar F-Type renova estilo e continua com fôlego de sobra
Avaliação

Jaguar F-Type renova estilo e continua com fôlego de sobra

Linha 2021 do F-Type chega ao Brasil com carroceria cupê ou conversível, tem novo design e tecnologia extra por preços a partir de R$ 404 mil

Vagner Aquino

17 de nov, 2020 · 9 minutos de leitura.

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Novos faróis pixel LEDs estão mais estreitos e acompanham o visual do elétrico I-Pace
Crédito:Jaguar/Divulgação
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Perfil bombado e cara de mau. Ele chama a atenção por onde passa. O corpo é cheio de músculos e, para a vestimenta, uma gama com 25 opções de tons. O andar é elegante. Ele provoca, mas sem ser vulgar. Antes de mais nada, vale dizer que essa é apenas a descrição exata do F-Type, que a Jaguar está lançando no Brasil como linha 2021. Os preços partem de R$ 404.166 na opção 2.0 quatro cilindros cupê e R$ 418.082, no conversível.

Sua aparência física encanta. É tanto que seu antecessor (E-Type, de 1961) foi considerado “o mais belo carro já produzido”. Palavras de ninguém menos que Enzo Ferrari, à época. De lá para cá a coisa não mudou. A cada geração, o cupê fica mais bonito. Na linha 2021, os faróis dianteiros (iluminados totalmente por pixel LEDs) foram redesenhados, assim como para-choque e grade dianteira, levemente aumentada.

Jaguar/Divulgação

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Capô e laterais (com linha de cintura elevada) trazem vincos acentuados. Atrás, o trabalho do time de design resultou em marcas fortes, como as novas lanternas (também de LEDs) com assinatura em chicane, como no SUV elétrico I-Pace. Tudo está mais horizontal. Nas saídas de ar laterais, detalhes em tom cromado ou preto.

Mais tecnologia

No interior, a princípio, o mesmo luxo de outrora. Nada de design extremamente arrojado, forte apelo futurista ou exageros. Da porta para dentro, uma perfeita combinação de materiais tradicionais, como couro (preto, marfim, marrom ou vermelho) e os acabamentos cromado e fosco espalhados por toda parte. Nos bancos e painéis de porta foram costurados monogramas. O Jaguar que dá nome à marca está cravado no encosto de cabeça e no entorno do botão que abre o porta-luvas.

O espaço é apenas para duas pessoas. Quem não é acostumado, pode ficar um pouco claustrofóbico, até mesmo pela posição baixa do veículo. Contudo, a melhor posição de dirigir pode ser encontrada por meio de teclas localizadas nas portas – como nos Mercedes-Benz. Em números, são 2,62 metros de entre-eixos. E, apesar de levar só duas pessoas, o F-Type está longe de ser compacto: mede 4,47 m. A largura é de 1,92 m e, na altura, apenas 1,31 metros.


A lista de equipamentos deste inglês (produzido na fábrica da Jaguar em Castle Bromwich) também chama a atenção com seis air bags (quatro no conversível), câmera traseira, limitador de velocidade e assistente de faixa. Mas o que evoluiu, de verdade, foi o painel de instrumentos, agora, totalmente digital e configurável com tela de 12,3 polegadas. Com 10″, o sistema de entretenimento InControl Touch Pro Duo passa a englobar conectividade Apple CarPlay e Android Auto.

Jaguar/Divulgação

O para-brisas tem atenuação solar e há, ainda, retrovisores elétricos e aquecidos. E para dar aquele charme extra no visual, o F-Type está sempre bem calçado. Há opções de seis modelos de rodas para o cupê, com 19″ ou 20″. Ah, e esse belo rapaz não abre mão de som de boa qualidade. Para tanto, opta pelo sistema de som premium Meridian.


Na pista

No momento da aceleração, uma palavra define a novidade: instigante. Após vestir o carro, fica fácil se sentir confortável. O volante tem ótima empunhadura e os comandos estão todos a mão, desde a pequena alavanca do câmbio até a operação do ar-condicionado.

Ma o que realmente atrai é o conjunto mecânico – tanto que não sofreu alteração na linha 2021. No portfólio deste tração traseira, a Jaguar tem ainda o modelo seis canecos (P380), mas este ainda vai demorar um pouco para chegar ao Brasil. Por isso, levamos o P300 (2.0 quatro cilindros) para a pista de testes da Pirelli, que trata-se do novíssimo Circuito Panamericano, no interior de São Paulo.

Jaguar/Divulgação

Mesmo com seus 3.400 metros de extensão, a pista (novinha em folha) ficou pequena para tanta euforia. O propulsor turbo entrega 300 cv e torque máximo de 40,8 mkgf a partir de breves 1.500 rpm. A tocada pode ficar ainda mais saborosa utilizando o modo Sport ou as aletas atrás do volante para fazer as trocas da transmissão automática de 8 marchas Quickshift, que foi recalibrada para possibilitar trocas com precisão e rapidez.

O F-Type mais econômico da história

A velocidade máxima de 250 km/h não foi alcançada, porém, ultrapassar os 100 km/h em 5,7 segundos, como cravam os dados oficiais da Jaguar, é tarefa fácil. Um pisão no acelerador, com o modo Dinâmico ativado (há ainda Conforto e Neve) – todos com configurações pré-estabelecidas de resposta do motor, e características de direção -, foi suficiente para sentir o ímpeto deste belo monstro. E se você pensa que cada acelerada leva consigo um tanque de combustível, se engana. A marca declara que este F-Type é o menos beberrão da história, com média de 14,8 km/l.

Ponto positivo para a eletrônica embarcada, como controle dinâmico de estabilidade, assistente de freio de emergência, diferencial aberto com vetorização de torque por frenagem e outros itens. O ajuste da suspensão pode ser firme o bastante para uma condução esportiva, ou confortável para um passeio pela cidade. Está disponível, também, o escapamento ativo variável, que tem por finalidade render condução mais refinada ou, com as válvulas abertas e som mais grave e potente.


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Jaguar/Divulgação

Só sob encomenda

A partir de hoje, o Jaguar F-Type P300 está disponível em todas as concessionárias da Jaguar no Brasil. Em contrapartida, quem optar pela motorização P380 (380 cv), precisa encomendar. E não há previsão de chegada. Os interessados em selecionar todos os acabamentos internos e externos do veículo de acordo com seu gosto vai precisar esperar, em média, entre quatro e cinco meses, informou a marca.

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Jaguar F-Type R-Dinamic P300 Coupé

4.5

4.5 de 5 possíveis

Jaguar F-Type 2.0

4.5

Prós

  • Design
  • F-Type tem um dos estilos mais premiados do mundo e conseguiu ficar ainda mais bonito na linha 2021

Contras

  • Espaço
  • Com apenas dois bancos e proposta esportiva, interior não é o mais espaçoso do mundo dependendo do tamanho do motorista

Ficha Técnica

Jaguar F-Type R-Dinamic P300 Coupé

Preço sugerido

R$ 404.166

Motor

2.0, 4 cilindros em linha, 16V, turbo

Potência

300 cv a 5.500 rpm

Torque

40,8 mkgf entre 1.500 rpm e 4.500 giros

Câmbio

Automático, 8 marchas

Peso

1.520 kg

0 a 100 km/h

5,7 segundos

Velocidade máxima

250 km/h

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Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.