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Veja os modelos que estão na lista dos usados mais vendidos
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Veja os modelos que estão na lista dos usados mais vendidos

Separamos os dez carros usados que melhor se posicionaram no mês de outubro, conforme dados da Fenabrave; vendas online são cada vez mais procuradas

Vagner Aquino

30 de nov, 2020 · 5 minutos de leitura.

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carro popular
Saiba o que olhar na hora de comprar um carro usado
Crédito:Daniel Teixeira/Estadão

Conforme aponta a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), as vendas de veículos usados cresceram 6,7% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 1.083.467 unidades vendidas contra 1.015.763, respectivamente. E teve elevação, também, em relação a setembro: 6,35%. O nono mês do ano, alias, comercializou 1.018.758 automóveis e comerciais leves.

Apesar da queda superior a 20% no acumulado do ano (7,2 milhões contra 9.073 mi), tem modelo bombando nessa lista. O Volkswagen Gol continua sendo o queridinho dos usados e comercializou nada menos que 84.454 unidades no mês passado.

E como o setor de usados, diferentemente dos novos, é dominado por carros populares (lista abaixo). Tem dupla da Fiat ocupando o segundo e o terceiro lugares. O Palio vendeu 51.507 unidades e o Uno obteve o número de 48.762.

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usados
Chevrolet/Divulgação

Strada também bomba em usados

Na quarta e quinta posições do ranking, na casa das 30 mil unidades, tem Chevrolet Celta e Fiat Strada. Afinal, o sucesso da picapinha não é apenas no segmento de zero km. Chevrolet Corsa e os Ford Fiesta e Ka também aparecem no top 10. Isso mostra que, mesmo investindo pouco, o que o público quer é fugir do transporte público, principalmente em época de distanciamento social obrigatório.

“Esse impacto aquece todo o setor. Apesar do cenário ainda incerto devido a pandemia, a previsão é que os números se mantenham positivos”, destaca Diego Fischer, fundador e CEO da Carupi, empresa que negocia veículos de forma online. Ele comemora a alta na demanda por canais digitais na hora de fechar a compra. “A negociação à moda antiga (presencial) não é a melhor opção agora, afinal, o meio online é uma ferramenta importante para não perder tempo e dinheiro”, defende.


Por outro lado, algumas etapas do processo não devem, nunca, ser puladas. Seja qual for a necessidade, jamais abra mão da inspeção presencial. Uma avaliação rigorosa, considerando não só a estética, mas também a mecânica e as questões documentais, é essencial para garantir que a compra de um modelo seminovo não gere dor de cabeça.

Não abra mão!

Quando se está pensando em trocar de carro, aliás, fazer um test-drive antes de comprar, estando atento a possíveis barulhos que possam surgir, é primordial. Mas se você como fazer isso neste momento em risco de contagio pelo novo Coronavírus? Basta mandar fazer. Parece estranho, mas algumas empresas oferecem esse tipo de serviço e o comprador, sequer precisa sair de casa.

É o caso da Volanty, que possibilita até mesmo que o comprador faça test-drive por vídeo e analise todos os itens do seminovo por meio de tour 360°. A marca afirma que, antes da compra, realiza uma inspeção rigorosa de mais de 150 itens em cada veículo disponível na plataforma. Na hora de adquirir qualquer produto, como diz o ditado: “todo cuidado é pouco”.


vistorias
Werther Santana/Estadão

Abaixo, a lista dos dez mais a lista dos 20 mais negociados do Brasil em setembro:

1º – Volkswagen Gol: 84.454
2º – Fiat Palio: 51.507
3º – Fiat Uno: 48.762
4º – Chevrolet Celta: 30.949
5° – Fiat Strada: 30.782
6º – Chevrolet Onix: 26.794
7º – Volkswagen Fox: 26.372
8º – Toyota Corolla: 25.053
9º – Ford Fiesta: 24.248
10º – Chevrolet Corsa: 24.121


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”