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Camaro faz 10 anos de Brasil
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Camaro faz 10 anos de Brasil

Chevrolet Camaro está na sexta geração e já soma 6,5 mil unidades vendidas no Brasil; esportivo é disponível em opções cupê e conversível

Vagner Aquino

30 de nov, 2020 · 6 minutos de leitura.

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Chevrolet Camaro SS chegou ao País em 2010 e virou até nome de música
Crédito:Chevrolet/Divulgação
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Há dez anos era lançado um dos maiores frissons do setor automotivo dos últimos tempos. Foi personagem de filme, tema de música e, em vendas, disparou, com um total de 6,5 mil unidades emplacadas no Brasil desde 2010 – mais que o dobro do segundo colocado. Sim, estamos falando do Chevrolet Camaro.

O muscle car norte-americano desembarcou no País no fim de novembro daquele ano em sua quinta geração. O design moderno com toque retro, aliás, conquistou o título de melhor design do mundo em 2010.

Quatro anos depois, o Camaro foi completamente renovado tanto na estética quanto na mecânica e na lista de equipamentos. A versão conversível, na ocasião, foi o grande destaque. O V8, de 406 cv de potência, entretanto, não foi mexido. Porém, o toque especial da direção foi conferido pelo modo elétrico no lugar do hidráulico. O Chevrolet MyLink completava a lista de inovações.

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Chevrolet/Divulgação

Mas foi em 2016 que estreou, no Brasil, a sexta geração do esportivo. A plataforma nova adotou motor 6.2 V8 de 461 cv de potência e 62,9 mkgf de torque. E o comportamento dinâmico também não foi deixado de lado na nova arquitetura.

Série especial de 50 anos do Camaro

Na mesma época do lançamento da sexta geração do Camaro, a Chevrolet comemorava o 50º aniversário do modelo nos Estados Unidos. Para anto, foi produzido um lote especial da série Fifty, com 100 unidades exclusivas destinadas ao mercado brasileiro.


E foi em 2018 que o esportivo da GM ganhou redesenho e tecnologia extra. Um dos principais pontos foi a inclusão da inédita transmissão automática de dez marchas. Teve, inclusive, novos sistemas de controle de largada e de aquecimento de pneus traseiros.

Atualmente

Hoje, o Camaro é vendido no Brasil (partindo de quase R$ 380 mil) apenas na configuração SS. Mesmo depois de dez anos, o sucesso continua garantido. Para se ter ideia, o lote importado para um ano (com 90 unidades) teve metade comercializada logo na estreia, em outubro. Um dos segredos para conquistar a clientela foi investir em tecnologia e performance. Tem função “launch control”, freios da marca Brembo e até modo de condução apropriado para autódromos.

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Chevrolet/Divulgação

No mais, o modelo tem itens como head-up display (projeta informações do painel de instrumentos no vidro dianteiro para evitar o desvio de foco do motorista), alertas de segurança e bancos dianteiros com sistema de aquecimento e refrigeração. Como demanda o mercado, a tecnologia não pode ser esquecida. Tanto que há conectividade nível 4, com Wi-Fi integrado, OnStar e o aplicativo myChevrolet, que comanda funções do modelo, apenas, com o uso do smartphone.

Breve histórico

Apresentado em 1966, o Chevrolet Camaro começou a ser vendido, nos Estados Unidos, em setembro daquele ano. Eram oito opções de motorização, que se dividiam entre seis cilindros em linha e V8, com litragem entre 3.8 e 7.0. Já no primeiro ano de vida, vendeu mais de 100 mil unidades. Durou até 1969.

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BARRETT JACKSON

Já a segunda geração nasceu em fevereiro de 1970. Produzida até 1981 incorporou novo visual e tamanho mais parrudo. E foi em janeiro de 1982 que a Chevrolet apresentava a terceira geração do esportivo. Com linhas mais quadradas e futuristas, inaugurou a era dos motores com injeção eletrônica de combustível. Em relação ao peso, foram 227 kg a menos que o antecessor.

Em 1993 começou a ser vendida a quarta geração do Camaro. Mantendo as características de ser um cupê com quatro lugares, motor dianteiro e tração traseira, a novidade adotou linhas mais arredondadas e a inédita versão conversível. E foi em 2006 que a Chevrolet apresentou, no Salão de Detroit (EUA), o modelo conceito que daria vida ao modelo de produção, previsto para meados de 2008. Mas foi em 2010 que o esportivo chegou ao mercado e logo foi espalhado por diversos países.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”