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Ford prepara motor V8 7.3 com mais de 800 cv
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Ford prepara motor V8 7.3 com mais de 800 cv

Diretor da divisão de alta performance da Ford afirma em vídeo que engenharia está trabalhando em um novo propulsor “Megazilla”

Vagner Aquino

04 de dez, 2020 · 4 minutos de leitura.

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ford
Ford Megazilla 7.3 V8 tem mais de 800 cv
Crédito:Ford/Divulgação

De acordo com o diretor da Ford Performance, Mike Goodwin, a marca está trabalhando em um novo motor “Megazilla”. O nome especifica que o novato fabricado pela divisão de preparação da montadora será ainda mais potente que sua base, o “Godzilla”. Este, por sua vez, é o V8 7.3 que equipa a F-250 Super Duty nos EUA.

Durante o anúncio, feito por meio online, o executivo não deu detalhes do “projeto supersecreto”, conforme especificou aos 3:30 do vídeo (confira aqui).

Também não fica claro, no comunicado, o tamanho do mamute. É de conhecimento que a Ford Performance conseguiu superar os 430 cv de potência do Godzilla. Não há detalhes técnicos.

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Para o Megazilla, a Ford conseguiu extrair 801 cv. Isso é mérito da introdução de recursos extras como turbo ou supercharger.

O feito, todavia, é considerado algo impressionante. Afinal, sua fabricação exige peso extra para elevar sua durabilidade.

Ford/Divulgação

A atualização tem bloco de ferro fundido e cabeçotes de cilindro de alumínio. Além disso, o motorzão utiliza coletores de admissão e exaustão, cárter de óleo, bobinas de ignição e caixa de proteção.

Informações preliminares apontam que uma caixa de câmbio manual está em desenvolvimento. O objetivo é substituir a automático de 10 marchas atualmente disponível na F-250 Super Duty.

Planos da Ford

A Ford não fala em possíveis modelos que receberiam o novato, tampouco quando. Especulações apontam que o Megazilla poderá ser oferecido em um modelo maior que a atual F-250. Ou vendido como kit de preparação ou customização.


Afinal, Goodwin garante que o motor se trata de uma dessas atualizações que permitem funcionamento em qualquer veículo. Ele dá três exemplos a esse respeito: os Mustangs Fox-body, as picapes F-100 e um velho Bronco.

Essa prática de adaptar um motorzão a um carro é comum nos EUA. Por lá, o Godzilla não sai por menos de US$ 8 mil (aproximadamente R$ 41,3 mil). O Megazilla será mais caro se for vendido dessa forma.

A Hellcat, da Fiat Chrysler, também segue essa tendência. Resta saber até quando, afinal, mesmo provas de automobilismo já estão se rendendo à sustentabilidade dos veículos elétricos.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”