Você está lendo...
Ferrari blindada nos EUA suporta disparos de Magnum .44
Notícias

Ferrari blindada nos EUA suporta disparos de Magnum .44

Trabalho feito pela norte-americana pela AddArmor tem materiais dez vezes mais fortes que blindagens convencionais; Ferrari 458 Speciale ganhou apenas 30 kg

Vagner Aquino

21 de dez, 2020 · 3 minutos de leitura.

Publicidade

ferrari
Para Ferrari, dinheiro não está acima da integridade e tradição da marca
Crédito:Ferrari/Divulgação

A empresa AddArmor (de Los Angeles, EUA) apresentou seu projeto mais recente em blindagem. O trabalho foi feito em uma Ferrari 458 Speciale que, conforme aponta a marca, suporta até disparos de Magnum .44.

O revestimento anti-bala feito com materiais de blindagem laminados – dez vezes mais fortes que uma blindagem convencional em aço balístico, mas 60% mais leves – oferece nível de proteção B4, mas nem isso detém o desempenho do superesportivo. De acordo com a blindadora, apesar de potente, a armadura eleva em apenas em 70 quilos o peso total do carro.

ferrari
Ferrari/Divulgação

Publicidade


E a AddArmor afirma ainda que é possível tirar 40 quilos desse total. O segredo está na troca de componentes da 458 Speciale por peças produzidas em fibra de carbono.

Motor da Ferrari continua potente

De acordo com a empresa, os 605 cv de potência e os 55 mkgf de torque máximo extraídos do motorzão V8 4.5 também tiveram tratamento especial. Para otimizar o desempenho, a AddArmor instalou um novo sistema de escape Capristo. Isso resultou em 41 cv extras. Houve, ainda, aumento de 9 quilos de torque. O resultado possibilita a inalteração dos dados de desempenho. São 3 segundos até os 100 km/h e velocidade máxima de 325 km/h.



Mesmo custando 22.830 euros (aproximadamente R$ 142 mil, na conversão direta), o proprietário teve a garantia de que é possível evitar qualquer dor de cabeça caso queira retirar toda essa parafernália. A blindadora garante que o trabalho foi concebido de maneira a que o carro volte ao seu estado original sem maiores percalços.


Detalhes

Apresentado no Salão de Frankfurt, Alemanha, de 2013, o superesportivo, primeiramente, tem a mesma mecânica da 458 original. O porém, é o retrabalho do conjunto para garantir mais desempenho. Com base nos dados supracitados (além de câmbio dupla embreagem com sete marchas), a 458 Speciale tem relação peso/potência de apenas 2,13 kg/cv. São, enfim, 1.290 kg, no total.

O Jornal do Carro está no Youtube

Inscreva-se

Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”