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Taxa de licenciamento permanece em R$ 98,91 mesmo após 14 de janeiro
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Taxa de licenciamento permanece em R$ 98,91 mesmo após 14 de janeiro

Detran-SP esclarece que valor atualizado de R$ 131,80 para licenciamento será aplicado apenas a modelos zero km adquiridos a partir de 15/1

Vagner Aquino

08 de jan, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Crédito:Alex Silva/Estadão

O tema “fake news” é um dos mais comentados do momento. Mesmo assim, diversas notícias falsas continuam se espalhando no Brasil e no mundo. Uma das mais recentes foi o aumento de 40% na taxa de licenciamento para veículos do Estado de São Paulo em 2021. Ao contrário do que foi compartilhado em grupos, redes sociais e até mesmo divulgado por alguns veículos de imprensa, o imposto não terá aumento mesmo se quitado após o dia 14 de janeiro.

O Detran-SP esclarece que a taxa de licenciamento para veículos novos e usados fica em R$ 98,91. O valor atualizado de R$ 131,80 será praticado, apenas, para veículos zero km adquiridos a partir de 15/1.

Com isso, fica claro que a antecipação, ou não, do pagamento do imposto se trata apenas de uma questão opcional. Ou seja, quitar agora ou respeitar o calendário anual, de acordo com o final da placa (veja abaixo) não altera o valor.

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Detran-SP/Divulgação
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Detran-SP/Divulgação

O adiantamento, todavia, é oferecido apenas para facilitar o pagamento da taxa junto com o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) – começou ontem (7), em São Paulo. Este, sim, gera desconto (leia mais aqui) quando quitado em cota única. Há possibilidade também de parcelamento conforme vencimento definido pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo.


Licenciamento totalmente digital

No Estado de São Paulo, o licenciamento é feito de maneira totalmente digital a partir deste ano. Em síntese, não há necessidade de ir à postos do Detran ou Poupatempo para emissão do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV). Para fazê-lo, é preciso apenas informar o Renavam e pagar a taxa por meio de internet banking, aplicativo, Lotéricas ou caixa eletrônico dos bancos conveniados. São eles: Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Itaú, Caixa Econômica Federal.

Vale lembrar que, em 2021, todavia, não haverá cobrança de taxa do seguro DPVAT. Esa foi uma decisão do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).



Download ou impressão

Um dia após o pagamento, o CRLV estará disponível para download e impressão no item “Licenciamento Digital” nos portais do Poupatempo, Detran-SP e Denatran. Além disso, o usuário poderá acessar o CRLV por meio dos aplicativos Poupatempo Digital, Detran-SP e Carteira Digital de Trânsito. Usuários novos precisarão se cadastrar. A partir disso, basta salvar o documento no próprio celular ou imprimi-lo em papel sulfite.


Veículos movidos a GNV e de aluguel

Veículos movidos a Gás Natural Veicular (GNV), precisam passar previamente por inspeção de segurança veicular. Com a respectiva aprovação, o proprietário recebe o Certificado de Segurança Veicular (CSV). Então, poderá licenciá-lo.

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JF DIORIO/ESTADÃO

Táxis, vans escolares, caminhões de entrega e outros veículos que se enquadrem como veículos de uso comercial na categoria aluguel precisam de autorização para que possam ser licenciados. No entanto, devido a pandemia, o Detran-SP prorrogou o prazo para apresentação da autorização.


Dessa forma, o contribuinte poderá licenciá-lo, mas terá um bloqueio administrativo no seu cadastro. Trata-se de uma medida de segurança. O dono do veículo precisa ir a um órgão competente e apresentar a autorização renovada em uma unidade do Detran-SP ou posto do Poupatempo.

Multa

Caso o contribuinte não licencie seu veículo até o último dia útil do mês referente ao número final da placa, haverá incidência de multa e juros. Contudo, os demais débitos do veículo devem estar quitados para a realização do licenciamento.

Quem não licenciar o veículo no prazo, infringe o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Com isso, comete infração gravíssima, e leva multa de R$ 293,47 – inclusão de sete pontos na CNH. As autoridades de trânsito, portanto, podem apreender o veículo e levá-lo ao pátio do Detran no caso de desobediência à norma.


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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”