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Ford F-150 no Brasil? Registro “quebra-cabeça” aponta que sim
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Ford F-150 no Brasil? Registro “quebra-cabeça” aponta que sim

Registro da Ford mostra duas grades de versões diferentes da picape, uma com o motor V6 e outra o V8. Utilitário ficaria posicionado acima da Ranger

Emily Nery, para o Jornal do Carro

18 de mar, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Ford F-150 Brasil preço
Ford F-150 é registrada no Brasil
Crédito:Ford/Divulgação

Com o fim dos produtos nacionais da Ford, muitos fãs da marca norte-americana confabularam sobre a possibilidade da vinda da emblemática picape F-150 ao Brasil junto à Maverick. Parece que esse sonho está se tornando realidade: a empresa registrou o utilitário no país em forma de “quebra-cabeça”. Ou seja, homologou suas peças separadamente.

Nesta terça-feira, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) publicou o registro de alguns elementos da picape grande. Estão na revista os para-choques dianteiros e traseiros, grade dianteira e suas aplicações, porta da caçamba, rodas, capô, espelho retrovisor, faróis e lanternas.

Peças da F-150 homologada no Brasil
Reprodução/INPI

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Versão de topo registrada

O mais curioso sobre o registro, é que a montadora homologou duas versões da grade. A primeira, cuja barra é única, adota linhas horizontais no interior e leva espaço para o emblema da Ford ao centro, está presente na versão de topo Limited.

Nos EUA, essa configuração utiliza o motor V6 de 3.5 litros EcoBoost que garante até 400 cv e 56,7 mkgf de torque. A tração é 4×2 de série, mas pagando US$3.425 (R$19 mil na conversão direta) o picape recebe tração nas quatro rodas.

A segunda também dispõe de uma barra que liga os faróis, contudo, seu desenho interno difere da primeira por trazer alguns “traços” horizontais. Essa saída de ar se trata da versão Platinum.


Essa variante utiliza o motorzão V8 de 5.0 litros que entrega até 400 cv de potência e 56,7 mkgf de torque. Assim como a versão de topo, sua configuração é 4×2, mas o cliente pode optar pela tração integral.

Ford F-150 é homolagada no Brasil nas versões Platinum e Limited
Reprodução/Ford e INPI

Planos da Ford podem incluir picapes grandes

Com o intuito de trazer novos produtos com um maior valor agregado, como SUVs e picapes, seria interessante a vinda da F-150 ao Brasil. Ela é a picape mais vendida nos EUA há décadas e completaria a gama de utilitários por aqui. Vale lembrar que já estão confirmados a Maverick, o SUV Bronco Sport, o esportivo Mach E-, a Ranger Black e em um segundo momento o Escape Hybrid.


Inclusive, nossos vizinhos argentinos têm a opção de comprar tanto o SUV Escape Hybrid quanto a picape grandalhona F-150. Desde o ano passado, a empresa levou o utilitário para Argentina, e claro, cresceram os rumores da possibilidade de sua venda no Brasil.

Por lá, a empresa comercializa a versão Raptor e agora, começou a entregar as primeiras unidades da configuração Lariat.

Ford
Picape posicionada abaixo da Ranger, Maverick já foi flagrada na fábrica no México Maverick Truck Club/Reprodução

Por aqui, picape pode chegar a custar meio milhão

Na terra do Tio Sam, a versão intermediária Platinum sai a partir de US$ 59.110, ou R$ 327,5 mil sem a taxação de impostos. Já variante topo de linha Limited começa em US$ 70.825, isto é R$ 392,5 mil na conversão direta.

No entanto, seus preços ficariam bem mais altos do que esse valor e poderiam chegar aos R$ 500 mil. Isso porque a picape não viria do México e sim dos EUA, local onde a picape não se beneficiaria do acordo de livre comércio. Portanto, seria taxada de altos impostos de importação.

Ainda em um segmento com poucas concorrentes, as Ford F-150 disputariam mercado com as RAM 1500 e 2500.


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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.