Além da aposta no RS e-Tron GT, a Audi trará para o Brasil a nova geração do A3 no 2° semestre de 2021. Dessa vez, contudo, o modelo chegará ao mercado brasileiro importado da Hungria, o que deve afetar o seu preço por causa do dólar. Como de costume, a montadora confirmou que importará tanto a carroceria sedã, quanto a hatch.
A quarta geração do modelo já é vendida desde o começo do ano passado na Europa, mas somente agora que foi confirmada ao Brasil. Conforme anunciamos no Jornal do Carro, a Audi interrompeu a produção na fábrica de São José dos Pinhais (PR) após terminar de fabricar o último lote da antiga geração do A3 Sedan.
Para voltar a produzir no Brasil, a Audi defende que precisa receber os créditos de IPI de volta, acumulados na época do Inovar Auto. De acordo com a montadora, o governo deve cerca de R$ 289 milhões em créditos às marcas alemãs.
No entanto, é improvável que a curto e médio prazo a Audi volte a produzir no Brasil. Antes de encerrar às atividades, o A3 Sedan era o único modelo feito na planta.
Motorizações a gasolina e a diesel
A nova geração oferece três opções de motorizações. Inicialmente, o motor turbinado 1.5 TFSI a gasolina de até 150 cv é o mais provável de chegar em solo brasileiro. Ele entrega um consumo combinado de combustível estimado entre 20,8 km/l e 19,6 km/l.
Já as outras duas utilizam o motor 2.0 TDI a diesel, com potências de até 116 cv ou 150 cv. Destaque para a segunda opção, que desenvolve ótimos índices de consumo, que chegam a entre 27 km/l e 25,6 km/l.
Por sua vez, a transmissão é automática de dupla embreagem e sete marchas. A Audi não confirmou a propulsão que trará ao Brasil.
O A3 Sedan cresceu um pouco. Agora, ele é produzido na plataforma MQB do Grupo Volkswagen. Assim, ele aumentou seu comprimento em 4 cm (4,34 metros), sua largura em 2 cm (1,82 m) e ficou 1 cm mais alto (1,43 m). Entretanto, manteve o entre-eixos. Já o porta-malas, comporta até 425 litros na versão sedã e 380 litros na versão Sportback.
Interior rebuscado
Cada vez mais tratado como prioridade, o conforto e conectividade da cabine assumem o protagonismo. Portanto, o MMI (Multi Media Interface), sistema da Audi, combinado com a terceira geração da plataforma modular de informação, vai trazer 10 vezes mais poder computacional dentro do carro em relação ao seu antecessor. Nele, há um hotspot de Wi-Fi.
A nova tecnologia permite armazenar preferências de até seis perfis de ocupantes. O software personaliza, por exemplo, informações relativas ao posicionamento do assento e aos destinos mais frequentemente acessados no sistema de navegação.
Além disso, o painel de instrumentos dispõe de uma tela 10,25 polegadas enquanto a central multimídia oferece um visor de 10,1 polegadas. Outras comodidades como, carregador por indução do smartphone e gerenciamento do veículo por aplicativo estão presentes.
Visual mais agressivo
Seguindo a identidade visual dos modelos atualizados da Audi, o A3 ficou visualmente mais agressivo e esportivo.
Na dianteira, os faróis ficaram mais ousados e há um desenho interno mais moderno no bocal da grade. Novas molduras na cor prata destacam a saída de ar. Na traseira, as lanternas mudam pouco, mas adotam um desenho não tão reto e mais dinâmico. De fato, a inspiração no sedã A4 para o desenho de dentro do lanterna é clara.
Concorrentes alemães
O principal desafio do A3 no Brasil será se manter na liderança dos sedãs alemães premium “de entrada”. No ano passado, ele vendeu 1.866 unidades e ficou bem atrás do Jetta, seu concorrente direto. Mesmo assim, vendeu mais do que o Classe A Sedan e o BMW Série 2 Gran Coupé.
Caberá a carroceria hatch do A3 enfrentar o BMW Série 1, bem como o Classe A hatch em um segmento que cada vez mais amarguram baixos índices de vendas.