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Ford Bronco Sport 2022 é bem recheado e venda no Brasil começa em 20 de maio
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Ford Bronco Sport 2022 é bem recheado e venda no Brasil começa em 20 de maio

O Ford Bronco Sport será vendido no Brasil a partir de 20 de maio. Trata-se do terceiro lançamento da marca

Tião Oliveira

27 de abr, 2021 · 7 minutos de leitura.

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Ford Bronco
Bronco_frente
Crédito:Ford/Divulgação

O Ford Bronco Sport será vendido no Brasil a partir de 20 de maio. Trata-se do terceiro lançamento da marca após o anúncio do fim da produção no País, em janeiro. E virá na versão Wildtrack. Além disso, terá motor 2.0 de 250 cv de potência, câmbio automático de oito marchas e tração 4×4. A Ford não divulgou o preço. Porém, deverá ficar em torno dos R$ 250 mil.

Assim, o SUV médio feito no México deverá ter trabalho para encarar o novo Compass. O Jeep é o líder de vendas do segmento no Brasil. E acaba de ser renovado. Os detalhes do novo utilitário fabricado em Goiana (PE) você confere aqui no Jornal do Carro nesta quarta-feira (28).

O Ford Bronco, aliás, tem porte parecido com o do Compass. São 4,38 metros de comprimento, 1,88 m de largura, 1,81m de altura e 2,66 m de distância entre os eixos. Para comparação, no Jeep os números são de 4,42 m, 1,82 m, 1,64 m e 2,64 m, respectivamente.

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Bronco capricha no acabamento

Assim como o modelo da Jeep, o Ford Bronco capricha no visual. E também no acabamento. Conseguimos dar uma rápida olhada no SUV. E vimos que ele é cheio de equipamentos. Embora não tenha sido possível dar a partida no motor, deu para conferir o interior e detalhes externos.

A cabine tinha revestimento de couro perfurado em dois tons. Os bancos dianteiros contam com ventilação e aquecimento. Bem como regulagens elétricas. O painel é digital e a tela tem 6,5 polegadas. No centro do painel fica a do sistema multimídia, com 8” e sensível ao toque.

FORDO BRONCO

O som, da marca dinamarquesa Bang&Olufsen, inclui dez alto-falantes. Havia também teto solar panorâmico. Um botão giratório no console aciona o câmbio automático. Marcas como Jaguar e Land Rover, por exemplo, já usaram esse tipo de solução.


Boa oferta de soluções eletrônicas

Além disso, há sete opções de modos de condução. São elas: Normal, Eco, Esportivo, Escorregadio, Areia, Lama e Rochas. O acionamento eletrônico é feito por um botão no painel. De acordo com a escolha, muda também o ajuste da suspensão.

Há outras soluções eletrônicas. Como controle de velocidade de cruzeiro automático. E também detector de pedestres e frenagem automática de emergência.

FORD BRONCO

No visual, a Ford procurou manter o estilo quadradão das antigas gerações. De 1966 a 1996, o Bronco foi vendido nos Estados Unidos. E virou uma espécie de ícone por lá. Ele até aparece em filmes como “O Exterminador do Futuro 2” (1991) e na animação American Dad, entre vários outras produções para as telinhas e telonas.

Ford é repleto de ‘Easter eggs’

O carro com o qual tivemos contato tinha faróis full-LEDs. As rodas eram de liga leve e tinham 17 polegadas. Os pneus, de uso misto, tinham medidas 225/65 R17. O vidro traseiro pode ser aberto independentemente da porta.

O SUV estava equipado com câmeras atrás e na dianteira. A da frente é ligada também se o motorista ativar um modo de condução severo. Como Areia ou Rochas. Também há nove air bags de série.


FORD BRONCO
Cavalo chucro dando coice está nas laterais dos faróis

Outros destaques são os vários “Easter eggs”. Ou seja, pequenos e escondidos detalhes alusivos ao Bronco e sua trajetória. É o caso, por exemplo, da imagem do cavalinho dando coice, localizado na parte externa dos faróis.

Aliás, “bronco” é o termo utilizados pelos norte-americanos para designar cavalos chucros. Ou seja, animais selvagens ou mesmo de temperamento arisco e difíceis de serem domados.

FORD BRONCO

Bronco é cavalo chucro

Na parte interna da tampa do tanque, sobre o bocal, há imagens das três versões do Bronco de 1966. Ou seja, SUV, picape e jipe sem capota. A nova geração também tem outras configurações, de duas e quatro portas. Essas não vão ser vendidas no Brasil. Ao menos por enquanto.

O Bronco traz outros detalhes interessantes. Como a porta USB e a tomada de 110 volts (de padrão americano) no porta-malas. E, como a tampa se abre para cima, vira uma espécie de cobertura. Há até um sistema de iluminação voltado para baixo.

FORD BRONCO
Tampa do porta-malas se abre para cima e há ‘mesinha’ para piquenique

Para deixar o “clima” mais agradável, o facho dessas luzes pode ser direcionado. Segundo a Ford, o objetivo é criar um espaço para, por exemplo, piqueniques.

A Ford já homologou no Brasil a versão SEL, mais simples. Ou seja, esse Bronco deve ter motor 1.5 com turbo de 184 cv de potência e 26,3 mkgf de torque. Assim, essa configuração será mais próxima das opções flexíveis do Compass. Resta saber qual será seu preço.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”