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Lamborghini vai lançar nova geração híbrida do Countach após 50 anos
História

Lamborghini vai lançar nova geração híbrida do Countach após 50 anos

A Lamborghini anunciou a volta da nova geração híbrida do clássico dos anos 70, o Countach; potência pode chegar a 800 cv

Jady Peroni, Especial para o Jornal do Carro

12 de ago, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Lamborghini Countach
Lamborghini Countach ganhará nova versão híbrida após 50 anos do seu primeiro lançamento
Crédito:Lamborghini/Divulgação

O Lamborghini Countach é um dos carros superesportivos mais icônicos de todos os tempos. O primeiro protótipo do modelo surgiu em 1971 e simplesmente revolucionou o conceito que se tinha de carro esportivo na época. A novidade é que, após 50 anos do lançamento do primeiro veículo da linha, a marca italiana anuncia a chegada de uma nova geração.

O retorno do clássico dos anos 1970 foi anunciado nas redes sociais da Lamborghini em forma de comemoração, mas sem grandes detalhes. Por ora, a marca do touro divulgou apenas dois vídeos de 20 segundos, bem como algumas imagens com informações breves do novo supercarro. Contudo, já foi suficiente para criar grandes expectativas.

Lamborghini Countach
Divulgação/Lamborghini

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Vale dizer que a primeira versão do Countach, de 1971, foi desenhada pelo famoso designer Marcello Gandini. O projetista foi responsável por criar modelos inovadores da Lamborghini. Entretanto, Gandini não faz parte da criação desta nova versão do superesportivo.

Divulgação

No primeiro teaser, publicado em 09 de agosto, a fabricante diz: “Nós fazemos sonhos se tornarem realidade. Fizemos com o Countach clássico nos anos 70. E estamos fazendo novamente. O novo Lamborghini Countach está a caminho”.


Logo depois, nesta quarta-feira (11), a marca revelou outro vídeo com a seguinte legenda: “Nós temos notícias novas para vocês! E vai fazer um barulho estrondoso. Você está pronto? Fique ligado para descobrir o novo Lamborghini Countach”.

Além disso, a montadora fez questão de divulgar uma imagem onde é possível ver apenas a silhueta do cupê. Pois o modelo está coberto por uma lona. Entretanto, uma foto vazada acabou entregando mais uma informação. O possível ver a sigla LPI800-4.




A nova geração

Para esclarecer, as letras LPI significam “Longitudinale Posteriore Ibrido”. Ou seja, Longitudinal Posterior Híbrido, na tradução para o português, o que confirma que o novo Countach terá sistema de propulsão híbrido. Por outro lado, o número 800-4 pode ter relação com a potência, que deve chegar aos 800 cv, com tração nas quatro rodas.

Lamborghini Countach
Lamborghini/Divulgação

Além disso, há muitas especulações de que a nova geração Countach herde o motor do Sían, cuja primeira unidade feita é de um brasileiro. O primeiro supercarro híbrido da Lamborghini arranca de zero até 100km/h em apenas 2,8 segundos, e traz um motor V12 que trabalha em conjunto com um motor elétrico de 48 Volts, totalizando potência máxima de 819 cv.


Porém, vale dizer também que, de acordo com a Motor Trend, é possível que o Countach compartilhe sua base com o Aventador. Mas, e o preço? Ainda não há muita certeza do quanto o modelo pode valer. Contudo, segundo a Motor Trend, o valor pode chegar a US$ 3,5 milhões, ou aproximadamente R$18,2 milhões na conversão direta.

Lamborghini Countach
Lamborghini/Divulgação

Lançamento oficial

Uma coisa é certa: a Lamborghini está atraindo muitos olhares com esse grande suspense. Ainda nesta quarta, a marca publicou em seu perfil oficial do Instagram mais fotos dos detalhes da novidade com a frase: “Grandes criações nascem de grandes tradições”.


Mas apesar das especulações e expectativas, logo teremos mais informações. Isso porque no dia 15 de agosto começa a tradicional Semana do Automóvel de Monterey, na Califórnia (EUA), onde a marca italiana deverá revelar o novo Countach.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”