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Jeep Commander é revelado por completo
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Jeep Commander é revelado por completo

Estratégia de lançamento a conta-gotas é usada pela Jeep para aguçar a curiosidade dos possíveis compradores que, finalmente, podem ver o carro por fora e por dentro

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

17 de ago, 2021 · 8 minutos de leitura.

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Jeep
Jeep Commander tem faróis full LEDs, caixa de rodas proeminentes e teto em tom preto
Crédito:Jeep/Divulgação

O Jeep Commander teve a primeira imagem revelada lá no comecinho de abril. Assim, já dava para ver as semelhanças com o Grand Cherokee. De lá para cá, surgiram novas informações sobre o SUV inédito. No dia 26 de agosto, o carro de sete lugares vai ser apresentado à imprensa. Ele será rival de modelos como o argentino Toyota SW4, o mexicano Volkswagen Tiguan Allspace e companhia. No fim da noite desta segunda-feira (16), a marca revelou por completo o carro que será feito em Goiana (PE).

Inicialmente, as imagens em 3D mostravam detalhes externos. Por exemplo, dava para ver as letras “E” e “R” no primeiro vídeo. Assim, o nome inteiro e a silhueta só apareceram no segundo. Por sua vez, o interior foi mostrado apenas no terceiro vídeo. Seja como for, agora a carroceria foi totalmente desvendada. Nas imagens abaixo, dá para ver todos os detalhes do Jeep Commander pela primeira vez.

Publicação feita pelo Jornal do Carro no fim de junho traz um flagrante feito por um leitor que já mostrava vários outros detalhes do SUV de sete lugares. Destaque para o conjunto óptico dianteiro com iluminação full LEDs e a grade com sete fendas, uma das marcas registradas da Jeep. Agora, com o carro totalmente revelado, ficam evidentes as setas dinâmicas (as luzes se acendem em sequência), a logomarca e o nome do carro com detalhes em tom de cobre.

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Outros detalhes do SUV da Jeep

Nas laterais, as colunas são largas, há vincos bem marcados e as caixas das rodas são bastante proeminentes. Aliás, as rodas têm desenho exclusivo, que lembra duas estrelas sobrepostas. Porém, a Jeep ainda não revelou detalhes do novo Commander. Por exemplo, não há informações sobre as medidas de rodas e pneus.

Jeep
Jeep/Divulgação

Atrás, as lanternas são estreitas, têm formato horizontal e avançam sobre a tampa do porta-malas. Seja como for, a capacidade do bagageiro também não foi divulgada. Porém, como especificado na tampa, o modelo revelado é da versão Overland, que deverá ser a de topo da gama do novo Jeep Commander.


Feito na fábrica do Grupo Stellantis em Goiana (PE), de onde será exportado para outros países latino-americanos, o Jeep Commander utiliza a base small wide, que serve aos “irmãos” Compass e Renegade, e à “prima” Fiat Toro. Porém, será o SUV com mais recursos tecnológicos em produção na América Latina.

Por dentro do Commander

Aliás, na parte interna o utilitário vai trazer algumas das novas tecnologias e recursos de segurança presentes no novo Compass. Uma delas vai ser a plataforma de conectividade Adventure Intelligence. Nela, há uma série de serviços a bordo e remotos, assim com wi-fi nativo e conexão 4G. Bem como recursos de inteligência artificial. Controle de velocidade adaptativo com frenagem automática em caso de risco de acidente também estão na lista. Assim como assistente de saída involuntária de faixa e aviso de ponto-cego.

Jeep
Jeep/Divulgação

O novo Jeep Commander tem ainda: identificação de placas de trânsito, assistente de estacionamento e detector de fadiga do motorista. Bem como faróis com ajuste automático dos fachos alto e baixo. No mais, há saídas de ar-condicionado e porta USB também para os passageiros da parte de trás.

Além disso, o carro terá volante multifuncional. Bem como painel digital e configurável. Por sua vez, a tela da central multimídia flutuante deve ter 10,1 polegadas. Aliás, no painel o acabamento tem dois tipos de material: couro preto e suede marrom com costuras Burnished Cooper. Por sua vez, os bancos são de couro marrom e têm detalhes de suede marrom e bordados no encosto. No descansa-braços, há a inscrição “Jeep 1941”.

Sistema híbrido leve e motor 1.3 turbo

Além disso, o novo SUV de sete lugares da Jeep terá motor 2.0 turbodiesel com aproximadamente 200 cv. Haverá sistema híbrido leve. Ou seja, isso explica os cerca de 30 cv a mais ante o motor Multijet de 170 cv e 35,7 mkgf utilizado no Compass.


Nesse sentido, o modelo terá conjunto elétrico reforçado de 48V. Como resultado, isso reduz o nível de emissões e melhora o desempenho. Portanto, o sistema deverá gerar torque de cerca de 40 mkgf. Seja como for, o câmbio deverá ser o automático de nove marchas e a tração será 4×4. Ou seja, trata-se dos mesmos recursos do Compass a diesel.

Jeep
Jeep/Divulgação

No intuito de oferecer uma opção mais competitiva diante da concorrência, o novo SUV da Jeep também deverá ter, a exemplo do Compass, versões com o novo motor T270 1.3 turbo flexível. Ou seja, trata-se de um quatro-cilindros que gera até 185 cv de potência e torque de 27,5 mkgf. Nesse caso, o câmbio será automático de seis velocidades.


Desenvolvido no Polo Automotivo de Betim (MG), em parceria com o Polo Automotivo de Goiana (PE), o Jeep Commander é o único SUV de grande porte projetado no Brasil. O lançamento comercial, por fim, deve ocorrer juntamente com a apresentação à imprensa. Ou seja, no dia 26 de agosto. Assim, a marca deverá revelar todos os demais detalhes do novo carro, como preços e especificações técnicas.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”