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Tesla lança cerveja para marcar inauguração de fábrica na Alemanha
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Tesla lança cerveja para marcar inauguração de fábrica na Alemanha

Conhecida mundialmente pela liderança nas vendas de carros elétricos, Tesla aposta no mundo das bebidas alcoólicas com a cerveja GigaBier, inspirada na Cybertruck

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

15 de out, 2021 · 5 minutos de leitura.

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Tesla
Nova cerveja ainda não teve detalhamento de ingredientes ou data de lançamento divulgada
Crédito:Reprodução/Internet

Como diz a música de Leandro e Leonardo, hoje é sexta-feira, traga mais cerveja. E, para Elon Musk, o fundador da Tesla, isso será seguido à risca no futuro próximo. Sobretudo com um produto de marca própria. Afinal, ele anunciou, durante a inauguração da fábrica alemã da empresa, em Berlim, o lançamento da GigaBier. Trata-se de uma cerveja artesanal cujas garrafas têm linhas inspiradas nas da picape Cybertruck.

Tesla
Tesla/Divulgação

O anúncio foi feito durante a Giga-Fest, evento realizado para marcar a abertura do primeiro complexo da marca na Europa. Musk respondeu perguntas do público e falou sobre os planos de construir uma estação de trem no complexo. Também falou sobre os grafites nos murais do entorno da fábrica. Nesse ponto da conversa, ele disse que no local será possível até “tomar uma cerveja”. Foi aí que, no telão, apareceu a GigaBier. Confira, abaixo, o vídeo que circula no YouTube:

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De acordo com a imagem (foto em destaque), é possível notar que a GigaBier terá garrafa de linhas angulosas, assim como ocorre com a Cybertruck. Nesse sentido, até a cor cinza escura segue a cartilha da picape, cujas vendas devem começar em 2022. Não foram divulgados detalhes. Ou seja, sobre preço, ingredientes e início das vendas da cerveja.

Outros negócios

Atualmente, é muito perigoso para executivos de grandes empresas falarem sobre bebidas alcoólicas. Principalmente do setor de veículos. Afinal, álcool e direção não combinam. Por isso, normalmente as fabricantes de carros evitam se associar às de bebidas. No entanto, para Musk, que demonstrou ter capacidade até para explorar o espaço, o lançamento da GigaBier é só mais um excentricidade. Ou uma boa jogada de marketing.


Aliás, essa não é a primeira vez que Musk aposta em projetos que vão além de seus conhecidos carros elétricos. Seja como for, o Model 3 ´é o modelo a eletricidade mais vendido do mundo. Em 2020, inclusive, Musk anunciou o lançamento da Teslaquilla.

Tesla
Tesla/Divulgação

Como sugere o nome, trata-se de uma tequila da marca Tesla. Entre os destaques, a bebida é envelhecida em barris de carvalho francês. Bem como vem em uma garrafa de vidro em forma de um raio estilizado. A princípio, a Teslaquilla tinha preço de US$ 250. Isso dá uns R$ 1.400 na conversão direta, sem impostos. Porém, o produto , que já está fora de linha, é vendido por, em média, R$ 2.000.


Fonte de inspiração

Com desenho controverso, a Tesla Cybertruck foge totalmente do padrão das picapes vendidas no mercado. A carroceria do modelo tem linhas retas, cantos pontiagudos e, na apresentação, foi mostrada com acabamento de aço inoxidável laminado a frio. Seus vidros são mais resistentes que os convencionais. Bem como as peças são menos sujeitas a amassados e corrosão.

Na versão de topo, a Cybertruck tem autonomia de 800 km, três motores elétricos e tração integral. Como resultado, pode chegar a 210 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,9 segundos. Segundo dados da Tesla, a capacidade de carga e reboque vai de 1,5 tonelada a 6,3 toneladas.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”