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Ford Ranger ganha nova geração com design das irmãs Maverick e F-150
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Ford Ranger ganha nova geração com design das irmãs Maverick e F-150

Ford Ranger fica a cara da Maverick e traz novidades em equipamentos e tecnologias off-road; nova geração da picape chega ao Brasil em 2023

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

24 de nov, 2021 · 6 minutos de leitura.

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Ford Ranger
Ranger tem o mesmo câmbio de 10 marchas do esportivo Mustang
Crédito:Ford/Divulgação

A Ford mostrou a cara – e os detalhes – da nova Ranger. Em apresentação global, o modelo 2023 foi totalmente revelado e, como já se esperava, ficou a cara da irmã menor Maverick. Aliás, a grandalhona F-150 também empresta algumas características para a picape média, como estética e mecânica. Contudo, já vale frisar que a produção da novata está marcada só para meados do ano que vem na Tailândia e na África do Sul. No Brasil, não chega antes de 2023 – importada da Argentina.

Ford
Ford/Divulgação

A começar pelo design, a picape não nega o DNA e se destaca pela grade dianteira, cortada por uma barra que invade a região dos faróis. Estes, têm formato em “C”. Na versão Wildtrack há uma barra em aço na base do para-choque que sustenta uma espécie de “X” em tom escuro, para dar um ar mais parrudo.

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Dos lados, ainda que com mais músculos, chama atenção a linha reta que vai do capô à parte traseira. Aparenta ser mais larga. Já atrás, o para-choque cresceu e a tampa da caçamba está diferente. Assim como na Maverick, letras garrafais estampadas na lataria destacam o nome do veículo num espaço recuado da peça. Ela, inclusive, pode funcionar como bancada de trabalho, afirma a marca.

Ford
Ford/Divulgação

As lanternas iluminadas por luzes de LEDs parecem menores. As seções, contudo, são bem divididas e trazem tons de vermelho, preto e branco. Por fim, as medidas conferem 5 centímetros a mais na parte traseira e no entre-eixos. Este, graças ao reposicionamento das rodas dianteiras (mais para frente).


Por dentro

O habitáculo da nova Ranger recebeu um upgrade e tanto. Sai de cena aquele interior datado para dar lugar a mais modernidade. O painel de instrumentos digital é um dos destaques. Mas, quem rouba os holofotes para si é a central multimídia de 12″. Na vertical, a tela reúne o sistema de entretenimento SYNC4 e outras funcionalidades, como câmeras 360 graus e até monitoramento de trilhas off-road. Outra tela, com 10,1″, também é disponível dependendo da versão.

Ford/Divulgação

Ainda em equipamentos tecnológicos, a picape segue com a nova geração do FordPass. O sistema, em síntese, permite controle da picape por meio de aplicativo instalado no smartphone. Dá para ligar o ar-condicionado, checar dados do carro (como quantidade de combustível, por exemplo), travar e destravar as portas, e por aí vai. Para o celular, aliás, tem carregador wireless.


Motor

Cabe salientar que, apesar das mudanças profundas, a plataforma da Ranger continua a mesma. Entretanto, o chassi foi atualizado a fim de melhorar a dirigibilidade da picape.

Portanto, para aproveitar o gancho, é hora de falar de motor. Não há nada de tão gritante. Seguem em linha o 2.0 a diesel (turbo e biturbo) e o 2.3 Ecoboost movido a gasolina. A novidade fica pelo 3.0 V6 turbodiesel, já presente na F-150. O câmbio é automático de 6 ou 10 marchas – mudanças são realizadas por uma pequena alavanca ao estilo joystick, no console.

Ford
Ford/Divulgação

Até o sistema de tração, por fim, tem novidade. O sistema shift-on-the-fly permite trocar os modos 4×2 e 4×4 por meio de botão, mas agora há o inédito modo sob demanda, onde a tração integral permanente se ajusta às dificuldades do trajeto de forma automática. A marca informará mais detalhes técnicos da Ranger no futuro, em data mais próxima ao lançamento.

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Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”