O Estado do Texas, nos Estados Unidos, relatou nos últimos dias um caso um tanto dispendioso de apropriação indébita do auxílio emergencial – dinheiro disponibilizado pelo governo durante a pandemia da Covid-19. O acusado é o empresário norte-americano Lee Price III, de 30 anos, condenado pela Justiça local a nove anos de prisão.
A pena foi decretada por lavagem de dinheiro e fraude. O empresário em questão gastou parte do US$ 1,6 milhão (pouco mais de R$ 9 milhões, na conversão direta) recebido em benefício próprio. Entre os mimos adquiridos por Price, estão uma Ford F-150, um Rolex (relógio de luxo) e nada menos que um Lamborghini Urus. Para informação, o SUV superesportivo é tabelado em US$ 230 mil. No Brasil, gira em torno de R$ 3 milhões. E não para por aí. No extrato do fraudador ainda constam noitadas em boates.
O auxílio
A princípio, o dinheiro pedido por Price ao Governo norte-americano serviria para salvar suas empresas. O montante deveria voltar-se às empresas Price Enterprises Holdings, Price Logistic Services e 713 Construction.
Entretanto, o pedido de empréstimo ao Programa de Proteção à Folha de Pagamento (pacote do Governo aprovado em março de 2020 nos EUA) foi feito com documentação falsa. E foi a partir daí que, portanto, a justiça norte-americana começou a descobrir a farsa. Afinal, ao invés de usar o empréstimo para regularizar folhas salariais e evitar demissões, o empresário seguiu o caminho da ostentação.
Price, dessa forma, está preso desde agosto de 2020. Sua condenação, por fim, ficou em 110 meses de cadeia – o que dá pouco menos de uma década. De acordo com os promotores do caso, quase metade do dinheiro (cerca de US$ 700 mil) já voltou para os cofres públicos.