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Volkswagen lança cards colecionáveis em NFT e quer conquistar o mundo
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Volkswagen lança cards colecionáveis em NFT e quer conquistar o mundo

Criada no Brasil, Digital Garage reúne diversos modelos de carros da Volkswagen em figurinhas digitais em pacotes de 3 e 5 unidades com preços a partir de R$ 50

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

15 de abr, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Volkswagen
Neste primeiro momento há apenas cards digitais, porém plataforma oferecerá itens físicos em futuras coleções
Crédito:Volkswagen/Divulgação

Que a nostalgia está na moda é inegável. E a última montadora automotiva a acompanhar essa tendência é a Volkswagen, com o lançamento da Digital Garage. A ideia vem do passado, mas exala modernidade, afinal, trata-se de uma plataforma de colecionáveis digitais em NFT (token não fungível) criados pela fabricante. E o pagamento pode até ser feito com criptomoedas. Os preços partem de R$ 50.

Disponíveis por meio de site exclusivo (clique aqui), os itens trazem ilustrações de carros da VW em cartões digitais. Em síntese, há de carros clássicos a modelos modernos ou mesmo alguns exercícios de estilo criados pelo time da VW, como carros voadores. Questionado pelo Jornal do Carro durante a apresentação da Digital Garage, o chefe de design da Volkswagen América Latina, José Carlos Pavone, diz que as ilustrações não têm a missão de adiantar linhas de futuros projetos da marca. Segundo ele, trata-se da “união entre o simples desenho e a tecnologia”.

De acordo com a marca, uma hora após o lançamento, 130 pacotinhos de figurinhas haviam sido vendidas no site. Além disso, a página recebeu mais de 2 mil visitas no mesmo período. Por sua vez, a marca registrou a visita de pessoas do mundo todo.

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Como funciona?

De acordo com a empresa, cada pacote tem três ou cinco figurinhas. Inicialmente, há duas opções: GT Collection, com modelos como Gol GTi e companhia, e Pen&Paper. Esta reúne veículos consagrados ao longo da história da Volkswagen, como Kombi, Fusca, SP2, etc, Nesse caso, os desenhos são feitos à mão.

Volkswagen
Volkswagen/Divulgação

Porém, o comprador não pode escolher o que vai receber. Assim, a ideia é haver surpresa na hora em que o pacote é aberto. Ou seja, como nos velhos tempos. Da mesma forma, há três níveis de ilustração. O Hero reúne as mais comuns. Ou seja, com maior número de cópias. O premium são peças especiais e o Legend, as muito raras. Por isso, os preços chegam a R$ 75.


Aliás, o pagamento pode ser feito com cartão de crédito, por Pix e até com criptomoedas. “Conforme percebermos o amadurecimento da plataforma, podemos pensar em alocar uma página oficial da Volkswagen associada à Digital Garage em outros canais”, afirma Fabio Rabelo, head de digitalização e novos modelos de negócio da empresa na América Latina.

Ao comprar um pacote, o usuário passa a ter cards associados à sua garagem. Ou seja, é algo semelhante às playlists das plataformas de streaming, por exemplo. Assim, aquele espaço pode ser visitado por outros usuários. Assim, o objetivo é provocar a interação entre os fãs da marca.

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Oficina Mobilidade

Testes de colisão validam a segurança de um carro; entenda como são feitos

Saiba quais são os critérios utilizados para considerar um automóvel totalmente seguro ou não

03 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

Na hora de comprar um carro zero-quilômetro, muitos itens são levados em conta pelo consumidor: preço, complexidade de equipamentos, consumo, potência e conforto. Mas o ponto mais importante que deve ser considerado é a segurança. E só há uma maneira de verificar isso: os testes de colisão.

A principal organização que realiza esse tipo de avaliação com os automóveis vendidos na América Latina é a Latin NCAP, que executa batidas frontal, lateral e lateral em poste, assim como impactos traseiro e no pescoço dos ocupantes. Há também a preocupação com os pedestres e usuários vulneráveis às vias, ou seja, pedestres, motociclistas e ciclistas.

“Os testes de colisão são absolutamente relevantes, porque muitas vezes são a única forma de comprovar se o veículo tem alguma falha e se os sistemas de segurança instalados são efetivos para oferecer boa proteção”, afirma Alejandro Furas, secretário-geral da Latin NCAP.

As fabricantes também costumam fazer testes internos para homologar um carro, mas com métodos que divergem do que pensa a organização. Furas destaca as provas virtuais apresentadas por algumas marcas.

“Sabemos que as montadoras têm muita simulação digital, e isso é bom para desenvolver um carro, mas o teste de colisão não somente avalia o desenho do veículo, como também a produção. Muitas vezes o carro possui bom design e boa engenharia, mas no processo de produção ele passa por mudanças que não coincidem com o desenho original”, explica. 

Além das batidas, há os testes de dispositivos de segurança ativa: controle eletrônico de estabilidade, frenagem autônoma de emergência, limitador de velocidade, detecção de pontos cegos e assistência de faixas. 

O resultado final é avaliado pelos especialistas que realizaram os testes. A nota é dada em estrelas, que vão de zero a cinco. Recentemente, por exemplo, o Citroën C3 obteve nota zero, enquanto o Volkswagen T-Cross ficou com a classificação máxima de cinco estrelas.

O que o carro precisa ter para ser seguro?

Segundo a Latin NCAP, para receber cinco estrelas, o veículo deve ter cinto de segurança de três pontos e apoio de cabeça em todos os assentos e, no mínimo, dois airbags frontais, dois laterais ao corpo e dois laterais de cabeça e de proteção para o pedestre. 

“O carro também precisa ter controle eletrônico de estabilidade, ancoragens para cadeirinhas de crianças, limitador de velocidade, detecção de ponto cego e frenagem autônoma de emergência em todas as suas modalidades”, revela Furas.

Os testes na América Latina são feitos à custa da própria Latin NCAP. O dinheiro vem principalmente da Fundação Towards Zero Foundation, da Fundação FIA, da Global NCAP e da Filantropias Bloomberg. Segundo o secretário-geral da entidade, em algumas ocasiões as montadoras cedem o veículo para testes e se encarregam das despesas. Nesses casos, o critério utilizado é o mesmo.

“Na Europa as fabricantes cedem os carros sempre que lançam um veículo”, diz Furas. “Não existe nenhuma lei que as obrigue a isso, mas é como um compromisso, um entendimento do mercado. Gostaríamos de ter esse nível aqui na América Latina, mas infelizmente isso ainda não ocorre.”