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Carros da Tesla são pobres? Noruegueses reclamam de baixa qualidade
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Carros da Tesla são pobres? Noruegueses reclamam de baixa qualidade

Problemas vão desde perda de potência até peças caindo dos veículos da Tesla; grupo promete greve de fome para chamar atenção de Elon Musk

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

03 de set, 2022 · 5 minutos de leitura.

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Tesla reclamações
Em agosto de 2022, grupo de clientes criou o site Tesla Hunger Strike, para elencar todos os problemas dos carros e do pós-vendas da marca de Elon Musk
Crédito:Tesla Hunger Strike/Divulgação

Parece que o CEO mais bem pago da indústria automotiva, Elon Musk, está enfrentando novos problemas em relação a Tesla. Desta vez, um grupo de clientes da Noruega declarou insatisfação com a marca especializada em carros elétricos. O motivo? Diversos problemas em seus veículos, que vão desde a pintura até o motor. Autointitulados de ”Tesla Hunger Strike”, o movimento criou um site exclusivo para relatar todas as situações desagradáveis. No entanto, passando além da conta, os integrantes anunciaram que irão fazer uma greve de fome para chamar a atenção de Musk.

De acordo com as informações do site, são diversos tipos de problemas. Entre eles, por exemplo, veículos que não dão partida em climas frios e quentes, duração de bateria menor que o prometido e, até mesmo, perda de potência no motor. Pois bem, a lista está extensa e ganha cada vez mais reclamações. Até o momento, há também donos que relataram conexão lenta de internet, pinturas externas com baixa qualidade, maçanetas que não abrem, limpadores de para-brisas que não funcionam, para-choques que cai na chuva, entre outros.

Tesla
Movimento se mobiliza na Noruega para chamar a atenção de Elon Musk – Reprodução

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Na página, o grupo mostra acreditar que, caso Musk se dê conta de todos os relatos, a montadora vai tomar uma atitude para resolver todas as falhas. “Somos um grupo de proprietários de Tesla noruegueses insatisfeitos. Acreditamos que se Elon Musk estiver ciente de nossos problemas, ele resolverá a situação. Por favor, ajude-nos a chamar a atenção dele”, declararam na descrição. Enquanto isso, Erlend Mørch, porta-voz do movimento, faz diversas publicações no Twitter, rede social onde o CEO da Tesla marca presença constantemente.

Tratamento ruim

Além dos problemas nos esportivos elétricos, os proprietários também relataram que não recebem o tratamento adequado da montadora. Assim, quando vão formalizar a reclamação, ficam horas esperando um atendimento no telefone. E, quando conseguem contato, ficam na espera para que alguém retorne com uma solução, mas ela nunca chega. Vale dizer que o Model Y é o elétrico mais vendido na Noruega em 2022 e os donos afirmam que são “o maior país com Teslas per capita”.

Reprodução

Greve de fome?

De acordo com o grupo de donos frustrados de Tesla, o integrante Erland já realizou uma greve de fome em nome do grupo, que já conta com 17 pessoas. Em uma entrevista ao site norte-americano, Carscoops, ele disse que a ação durou um total de 24 horas, entre os dias 27 e 28 de agosto. “Agora acabou, mas espero que Tesla ouça. Isso será em seu próprio interesse. Eles estão tão bem posicionados para dominar o mercado de veículos elétricos, mas se muitas pessoas passarem por esses problemas, outros fabricantes de automóveis estarão prontos para substituí-los”, disse Morch.

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Carros elétricos estimulam busca por fontes de energia renovável

Energia fornecida pelo sol e pelos ventos é uma solução viável para abastecer veículos modernos

19 de mai, 2024 · 2 minutos de leitura.

eletromobilidade é uma realidade na indústria automotiva e o crescimento da frota de carros movidos a bateria traz à tona um tema importante: a necessidade de gerar energia elétrica em alta escala por meio de fontes limpas e renováveis. 

“A mobilidade elétrica é uma alternativa para melhorar a eficiência energética no transporte e para a integração com as energias renováveis”, afirma Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI).

O Brasil é privilegiado em termos de abundância de fontes renováveis, como, por exemplo, a energia solar e a eólica. “É uma boa notícia para a transição energética, quando se trata da expansão de infraestrutura de recarga para veículos elétricos”, diz o professor. 

Impacto pequeno

Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil tem condições de mudar sua matriz energética – o conjunto de fontes de energia disponíveis – até 2029. Isso reduziria a dependência de hidrelétricas e aumentaria a participação das fontes eólicas e solar.

Mesmo assim, numa projeção de que os veículos elétricos poderão representar entre 4% e 10% da frota brasileira em 2030, estudos da CPFL Energia preveem que o acréscimo no consumo de energia ficaria entre 0,6% e 1,6%. Ou seja: os impactos seriam insignificantes. Não precisaríamos de novos investimentos para atender à demanda.

Entretanto, a chegada dos veículos elétricos torna plenamente viável a sinergia com outras fontes renováveis, disponíveis em abundância no País. “As energias solar e eólica são intermitentes e geram energia de forma uniforme ao longo do dia”, diz o professor. “A eletromobilidade abre uma perspectiva interessante nessa discussão.”

Incentivo à energia eólica

Um bom exemplo vem do Texas (Estados Unidos), onde a concessionária de energia criou uma rede de estações de recarga para veículos elétricos alimentada por usinas eólicas. O consumidor paga um valor mensal de US$ 4 para ter acesso ilimitado aos 800 pontos da rede. 

Segundo Delatore, painéis fotovoltaicos podem, inclusive, ser instalados diretamente nos locais onde estão os pontos de recarga

“A eletrificação da frota brasileira deveria ser incentivada, por causa das fontes limpas e renováveis existentes no País. Cerca de 60% da eletricidade nacional vem das hidrelétricas, ao passo que, na Região Nordeste, 89% da energia tem origem eólica.”

Híbridos no contexto

Contudo, a utilização de fontes renováveis não se restringe aos carros 100% elétricos. Os modelos híbridos também se enquadram nesse cenário. 

Um estudo do periódico científico Energy for Sustainable Development fala das vantagens dos híbridos, ao afirmar que suas emissões de gases de efeito estufa são inferiores às do veículo puramente elétrico.

“Os veículos híbridos possuem baterias menores, com proporcional redução das emissões de poluentes. Essas baterias reduzem o impacto ambiental da mineração dos componentes necessários à sua fabricação. Os resultados demonstram que a associação de baterias de veículo que usam biocombustíveis tem efeito sinérgico mais positivo”, conclui o documento.